Apesar dos questionamentos sobre a nota de R$ 200, o Banco Central (BC) não adotou nenhum novo elemento de segurança na nova cédula. Os mecanismos são os mesmos das demais representantes do Real, como a marca-d'água, o alto-relevo e o número que muda de cor. Isso porque o BC entende que a população já está adaptada a esses elementos de segurança e que "todas as cédulas são igualmente seguras".
Segundo a diretora de Administração do Banco Central (BC), Carolina de Assis Barros, a autoridade monetária fez "uma pesquisa no mercado internacional com o que há de mais moderno em termos de elemento de segurança" e escolheu um conjunto de elementos de segurança dentro dessas opções internacionais. Esse conjunto, contudo, é finito e é aplicado em todos os exemplares do Real. Tudo para facilitar a compreensão e a identificação desses elementos pela população.
"O conjunto é finito porque nosso interesse é que a população tenha domínio e conhecimento sobre esse conjunto de elementos. Então, os elementos que são trabalhados nessa cédula de R$ 200 alguns deles podem ser encontrados na cédula de R$ 20. A marca d'água vai ser encontrado em todas cédulas", explicou Carolina, ao ser questionada sobre os mecanismos de segurança da nota de R$ 200, na apresentação da cédula, nesta quarta-feira (02/09).
Ela concluiu, então, que "todas as nossas cédulas são igualmente seguras". E apresentou esses elementos. São eles:
- Marca-d'água: Ao colocar a cédula contra a luz, é possível observar a marca-d'água do lobo-guará, do valor da nota e de um quebra-cabeça
- Alto-relevo: Na cédula de R$ 200, estarão em alto-relevo as flores típicas do cerrado, os frutos da lobeira, parte do corpo do lobo-guará, o valor de R$ 200, o nome do BC e a denominação da República Federativa do Brasil
- Número que muda de cor: Como acontece na cédula de R$ 20, o valor dos R$ 200 também muda de cor dependendo do ângulo de observação
- Número escondido: O número é visto quando se aproxima a cédula da altura dos olhos, na posição horizontal
Diante do receio de parte da população de que a nova nota facilite falsificações e até a corrupção, devido ao alto valor, contudo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu que a autoridade monetária também tem o dever de ressaltar esses elementos de segurança agora que a nota de R$ 200 entrou em circulação.
"O dia de hoje marca o final de um trabalho intenso para colocar a nova cédula nas ruas em um curtíssimo período de tempo. [...] Mas o dia de hoje marca também o início de um outro importante trabalho, que é o de tornar a nova cédula e seus elementos de segurança conhecidos por toda a população. Nesse sentido, e assim como aconteceu nos lançamentos anteriores, o Banco Central programou diversas ações para informar ao público as características da nova nota", afirmou Campos Neto.
Uma dessas ações é uma campanha educativa que será exibida na televisão, na rádio, na internet e em locais de grande circulação ao longo deste mês. A campanha custou cerca de R$ 20 milhões, segundo o BC. Veja o vídeo dessa ação:
A nova cédula tem o mesmo tamanho da nota de 20 reais da Segunda Família, e suas cores predominantes são cinza e sépia. Ela possui elementos de segurança que também estão em outras denominações e já são conhecidos pela população, como o número que muda de cor e a marca-d%u2019água. pic.twitter.com/HzQYKEW5XL
%u2014 Banco Central BR (@BancoCentralBR) September 2, 2020