Jornal Estado de Minas

Home office

Pesquisa constata: empresas ainda não decidiram futuro dos trabalhadores remotos

Pesquisa da Zoho, empresa global de softwares empresariais e de gestão, feita com 850 brasileiros, entre eles 450 empresários ou tomadores de decisão, dá conta de que muitos ainda estão inseguros sobre que atitudes adotar em relação ao futuro do trabalho. Com a retomada gradual da rotina, gestores analisam as mudanças sobre a forma de se exercer as atividades profissionais daqui para frente.



Segundo o levantamento, entre as empresas entrevistadas, 49% declaram que ainda não decidiram se os funcionários poderão trabalhar à distância quando o período de isolamento social acabar. Outro dado é de que 27% continuará com o home office após a normalização - 10% poderá trabalhar remotamente, 9% poderá trocar o escritório pelo home office definitivamente, e 8% terá possibilidade, mas somente em casos extremamente necessários.

Na pesquisa, 17% das pessoas ouvidas revelaram que não poderão manter o trabalho remoto e retomarão a rotina de escritório, quando possível. Entre os que estão em regime remoto, 67% dos entrevistados, 55% migraram para essa rotina por conta da COVID-19 e 12% já trabalhavam nesse modelo. Os 33% restantes disseram que não estavam trabalhando em casa.

"Uma das grandes dificuldades dos empresários e tomadores de decisão é acompanhar o que seus colaboradores estão fazendo. Portanto, essa retomada acontecerá, em grande parte, para suprir as necessidades da empresa de manter a excelência no trabalho dos colaboradores e a segurança ao lidar com documentos internos, sem comprometer a segurança", pontua Rodrigo Vaca, diretor-geral da Zoho Brasil, que encomendou o balanço junto à Toluna, site especializado em pesquisas.

Para ele, os dados demonstram que a maioria das empresas acabou se adaptando ao trabalho remoto, mesmo no curto prazo, e as decisões nesse sentido ficarão mais claras somente com a normalização das atividades empresariais e com a pandemia controlada.