O Brasil chegou a 126.650 mortes e 4.137.521 casos confirmados de COVID-19 neste domingo (6). Nas últimas 24 horas, houve acréscimo de 447 óbitos e 14.521 infectados, segundo dados do balanço do Ministério da Saúde. Números que evidenciam que o novo coronavírus segue ativo e circulando no país.
De acordo com levantamento do Worldometers, atualizado neste domingo, o Brasil ultrapassou a Itália em número de mortes por milhão de habitantes e, agora, é o oitavo país do mundo com maior mortalidade por COVID-19 – enquanto tem 593 mortes por milhão de habitantes, o país europeu tem 588.
Domingos é um dos responsáveis pelo Portal COVID-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e de Brasília (UnB).
Mesmo assim, as praias de Rio e São Paulo continuaram cheias no segundo dia do fim de semana prolongado, ignorando as recomendações médicas e as restrições dos governos para evitar aglomerações.
O sol e as temperaturas próximas dos 30 ºC levaram vários banhistas a se arriscarem, muitos deles com barracas, que estão proibidas na extensão de faixa de areia na maioria do litoral brasileiro.
"A ideia das pessoas estarem indo para praia e passear é porque elas estão sendo impelidas, já que temos governadores e prefeitos defendendo que a pandemia já acabou", avalia o pesquisador Domingos.
Segundo ele, quando o país atingiu 100 mil óbitos, a estatística do número de mortes por milhão de habitantes foi usada para minimizar a tragédia dessa marca, já que o Brasil estava no 12º lugar do ranking.
"Mas o Brasil já está subindo e, nos próximos dias, vai para o sétimo lugar nessa classificação que o governo colocou como uma coisa boa. Até o fim da semana que vem devemos passar, na sequência, a Grã-Bretanha e a Espanha. Até sexta-feira da semana que vem, nós já vamos estar em quarto, quinto lugar", prevê Domingos.
Rankings
São Paulo e Rio de Janeiro são as únicas unidades federativas com mais de 10 mil mortes. O estado paulista lidera o ranking negativo de mortes provocadas pela COVID-19, com 31.353 vidas perdidas pelo novo coronavírus; seguido pelo carioca, com 16.568 vítimas.
Em seguida estão: Ceará (8.565), Pernambuco (7.702), Pará (6.249), Minas Gerais (5.837), Bahia (5.658), Amazonas (3.847), Rio Grande do Sul (3.739), Maranhão (3.508), Paraná (3.537), Goiás (3.450), Espírito Santo (3.242), Mato Grosso (2.893), Distrito Federal (2.700), Paraíba (2.551), Santa Catarina (2.405), Rio Grande do Norte (2.286), Alagoas (1.930), Sergipe (1.893), Piauí (1.893) e Rondônia (1.185). No pé da tabela estão: Mato Grosso do Sul (953), Tocantins (745), Amapá (671), Acre (624), Roraima (598).
Após seis meses da chegada da pandemia de COVID-19 no Brasil, apenas cinco unidades federativas não ultrapassaram a marca de 1 mil mortes para a doença. São eles: Acre (624), Amapá (672), Roraima (598), Tocantins (748) e Mato Grosso do Sul (966).
Veja países com mais mortes de COVID-19 por milhão de habitantes, segundo Worldometers
- San Marino: 1.237
- Peru: 898
- Bélgica: 854
- Andorra: 686
- Espanha: 629
- Reino Unido: 611
- Chile: 605
- Brasil: 593
- Itália: 588
- Estados Unidos: 583
- Suécia: 577