Policiais do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) do Novo Gama (GO) prenderam, nesta terça-feira (8/9), o homem, de 20 anos, suspeito de ter enterrado o próprio filho, um bebê de 4 meses, no município do Entorno — distante cerca de 40km de Brasília. A mãe da criança, de 16 anos, também foi apreendida e será encaminhada a uma unidade socioeducativa da região. O corpo do bebê segue desaparecido.
O caso ocorreu em março, mas só veio à tona no final de agosto, quando a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) começou a apurar denúncia dos vizinhos do casal. Testemunhas relataram que os dois moravam em Pedregal, mas haviam se mudado, em março, para o Lago Azul. Após retornarem para o primeiro bairro onde residiam, vizinhos desconfiaram do fato de eles estarem sem o bebê.
Na primeira versão dada pelo casal aos policiais, eles alegaram que o bebê havia morrido por causas naturais. Contudo, nesta terça-feira, ao serem interrogados novamente, a dupla teria contado outra história. “Disseram que a morte ocorreu enquanto dormiam, porque, segundo eles, a criança estava na cama e a mãe teria deitado em cima, o que teria sufocado o bebê durante a noite”, detalhou o delegado à frente das investigações, Danillo Martins.
As circunstâncias da morte da criança seguem em apuração, de acordo com o investigador. Até o momento, a polícia constatou que, após a criança morrer, os dois teriam levado o corpo ao matagal e o enterraram. “Devemos concluir as investigações em até 30 dias. E as buscas pelo cadáver também continuarão em breve”, disse o delegado.
No começo das diligências, o casal apontou um local no qual o corpo estaria enterrado, mas o mesmo não foi encontrado pelos policiais. “Procuramos várias vezes no ponto que eles indicaram, mas não localizamos. Não descartamos a possibilidade de eles estarem mentindo, mas também podem ter se equivocado ou o corpo pode ter sido retirado por animais”, finalizou o investigador.
O pai da criança foi preso temporariamente e responderá pelos crimes de homicídio culposo ou doloso (a depender da investigação) e corrupção de menores. Ele será encaminhado ao Presídio de Novo Gama. A mãe, por ser menor de idade, será alocada em uma unidade socioeducativa da região administrativa.