Jornal Estado de Minas

PANDEMIA NA AMÉRICA LATINA

Taxa de transmissão do vírus no Brasil é a menor desde intensificação em abril

O Brasil continua oscilando na taxa de transmissão (Rt) da COVID-19 entre as semanas. Após voltar para os níveis de descontrole, agora, com o fechamento da semana epidemiológica 37, o país registrou o menor índice desde a intensificação da pandemia, avalia o novo levantamento do Imperial College de Londres. A Rt está em 0,90, ou seja, cada grupo de 100 infectados transmite a doença para mais 90 pessoas.





Na semana passada, a taxa brasileira subiu para 1, ou seja, atingindo o limiar de descontrole. Até agosto, o Brasil chegou a ficar por 16 semanas consecutivas com Rt acima de 1, sendo o país da América Latina com mais longa permanência nos altos patamares de transmissão.  

Sem conseguir controlar o contágio de maneira a permanecer constantemente com valores abaixo de 1, o status do contágio continua sendo considerado lento a estagnado. Por isso, o Brasil permanece no rol de países com a doença ativa. Atualmente, são 72 nações na lista, sendo que a situação brasileira é a 49ª pior. Isso significa que, em relação à avaliação anterior, o país melhorou 14 posições. 

América Latina

Na América Latina, apenas o Equador integra a lista dos dez países com piores marcas de transmissão esta semana, com Rt em 1,30. Em seguida, está Costa Rica, com o mesmo índice, além de Argentina e Venezuela, ambos com taxa de 1,11. Dos quatro países, apenas o argentino conseguiu diminuir o índice em relação à semana passada, quando registrou Rt de 1,17. 

Também com a transmissão sendo considerada descontrolada na América Latina está o México, com Rt de 1,05. Próximo ao índice estão Paraguai (0,97), Chile (0,96), Guatemala (0,92) e Panamá (0,91). Com índices inferiores ao brasileiro estão Colômbia (0,86), República Dominicana (0,86), Peru (0,83), Bolívia (0,77), El Salvador (0,72) e Honduras (0,45). Já Cuba, Haiti, Nicarágua e Uruguai não estão na lista dos 72 países com COVID-19 considerada ativa pelo Imperial College.