As praias de Salvador, interditadas há seis meses devido à pandemia do coronavírus, começarão a ser parcialmente liberadas a partir da próxima segunda-feira, 21, anunciou o prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM). O anúncio foi durante coletiva na manhã desta sexta, 18. Três das praias mais frequentadas por soteropolitanos - as praias do Porto da Barra, na Barra, Paciência e Buracão, ambas no bairro do Rio Vermelho - permanecerão com as entradas fechadas por tapumes.
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Após alta lotação nas praias, casos de coronavírus voltam a subir na BaixadaPraias lotam em Copacabana e Ipanema; Prefeitura diz que fiscalizou e multouPraias voltam ficar lotadas no Rio e no litoral de São PauloImagem negativa do Brasil no exterior se deve à pandemiaA entrada às praias será permitida somente de segunda a sexta, em horário livre. Aos finais de semana, voltarão a ser bloqueadas. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) e a Guarda Civil Municipal devem continuar as ações de fiscalização nesses locais. As praias de São Tomé de Paripe e Tubarão - no Subúrbio de Salvador - e de Amaralina, Ribeira e Itapuã, também bastante frequentadas pela população, só poderão ser acessadas de terça a sexta. O uso de máscara será obrigatório para acesso e permanência.
O regulamento de reabertura prevê, na teoria, um novo cenário nas praias de Salvador. Os ambulantes não poderão vender produtos na areia como faziam. Guarda-sóis, sombreiros e cadeiras não serão permitidos, assim como caixas térmicas, instrumentos musicais e outros equipamentos sonoros. O pedido é que os banhistas mantenham, entre si, um distanciamento de 1,5 metro, mas não haverá demarcações físicas. Continuam proibidos esportes coletivos - como o futebol de areia -, mas permitidas atividades individuais ou em dupla.
O prefeito apelou para a "consciência da população" ao pedir que sejam respeitadas as regras e disse que "não é babá de criança adulta" para deixar equipes de fiscalização 24 horas no Porto da Barra, onde os tapumes de bloqueio chegaram a ser vandalizados por pessoas que forçaram acesso à praia.
Ele afirmou que as regras pretendem manter a situação sob controle, sem transformar as praias num "convite a aglomerações". "O que está controlado, pode sair do controle. Se perdemos o controle, não só as praias serão fechadas, mas seremos obrigados a fechar bares, restaurantes, salões. Cada passo que demos é analisando a consequência e os passos", disse.