Jornal Estado de Minas

ASSÉDIO

Professor pede que aluna abra a câmera ao saber que ela estava nua; veja vídeo

Um caso de assédio durante aula on-line da Faculdade de Direito de Franca, no interior de São Paulo, tomou grande repercussão nas redes sociais. O vídeo que circula na internet mostra o momento em que um professor pede a uma aluna que ela abra a câmera ao saber que ela está nua.





De início, o professor pede que a garota abra o áudio e ela o faz. Em seguida, ele solicita que também ative o vídeo, mas ela responde que "não dá". "Deve estar horrível", retrucou o docente. "Não é isso não. É porque eu ia tomar banho e estou sem roupa, não posso abrir", respondeu a garota, rindo envergonhada.

Diante da resposta da aluna, o professor insistiu. "Abre a câmera aí", disse, rindo. "Não, não vou abrir", falou a garota logo em seguida, em tom mais sério.

O professor riu e seguiu insistindo, e a garota seguia negando. Até que, em dado momento, ele oferece meio ponto para que ela ative a imagem. "Não, eu estudo, o que é isso", disse. "Abrir a câmera não vale meio ponto".
 
 

Repercussão


O caso tomou grande repercussão nas redes sociais e o Diretório Acadêmico da faculdade chegou a se posicionar sobre o assunto, repudiando a ação do professor e anunciando a abertura de um ofício para avaliar a conduta dele. Em entrevista ao portal local de notícias de Franca GCN, o professor William Tristão negou as acusações.





"Em nenhum momento houve assédio. Amanhã (hoje) sairá uma nota minha, do vice-diretor da faculdade e da aluna esclarecendo a questão e desmentindo o diretório acadêmico, que irei processar por crime contra a honra", disse o docente ao portal. "A própria aluna me ligou e disse que não se sentiu assediada. Ela falou o mesmo para o vice-diretor".

O professor ainda disse que conhece a aluna e a família dela, que todos têm uma amizade e que costuma fazer brincadeiras nas aulas. Completou, ainda, desmetindo um boato de que já havia sido demitido de outra instituição por acusações de assédio.

Também em entrevista ao portal local GCN, a aluna confirmou a versão do professor, negando qualquer assédio. Ela classifica que a situação foi "distorcida e tirada de contexto" e não quis se identificar pois já se sente exposta.
 
"Eu sou a ‘ofendida’ e ninguém escuta o que eu falo. Parece que só querem aparecer e prejudicar tanto a mim quanto a faculdade e o professor", afirmou.