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Estado de Minas PRECONCEITO

Candidata negra é rejeitada em cota por ser 'bonita' e não ter características negras

Durante o julgamento, a jovem comprovou ser descendente de quilombolas


02/10/2020 18:46 - atualizado 02/10/2020 18:59

Rebeca da Silva Mello, 28, foi readmitida no sistema de cotas por decisão judicial(foto: Reprodução/Redes Sociais)
Rebeca da Silva Mello, 28, foi readmitida no sistema de cotas por decisão judicial (foto: Reprodução/Redes Sociais)
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que uma candidata negra excluída do sistema de cotas de um concurso do Ministério Público, seja readmitida no processo. De acordo com a decisão, Rebeca da Silva Mello, 28, foi eleminada porque a banca considerou que ela era “bonita” e tinha características físicas associadas a pessoas brancas.

De acordo com o desembargador Teófilo Caetano, por Rebeca não ter "cabelo crespo, nariz e lábios extremamente acentuados” ela acabou sendo excluída.

Ele afirmou que tal decisão é subjetiva e faz descriminação ao verdadeiro sentido das cotas raciais que é "destinado a eliminar e reparar desigualdades históricas". 


Entenda o caso


Rebeca prestou o concurso, em 2018, para técnico administrativo do Ministério Público da União (MPU). Após ser aprovada, ela precisou passar por uma “vistoria” para confirmar se ela era realmente negra. A bancada a julgou como branca. 

Durante o julgamento, a jovem comprovou ser descendente de quilombolas.
 
 *Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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