O terapeuta e influenciador digital Tadashi Kadomoto é réu em um processo que tramita na Justiça de São Paulo por estupro de vulnerável.
Com mais de 1,6 milhão de seguidores no Instagram e 220 mil inscritos no canal quem matém no Youtube, o terapeuta teve a fama ampliada no início da pandemia por oferecer lives diárias de meditação para que as pessoas pudessem lidar com os impactos emocionais do isolamento social.
Com mais de 1,6 milhão de seguidores no Instagram e 220 mil inscritos no canal quem matém no Youtube, o terapeuta teve a fama ampliada no início da pandemia por oferecer lives diárias de meditação para que as pessoas pudessem lidar com os impactos emocionais do isolamento social.
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"Ao invés de ela melhorar, ela piora. Piora a sua anorexia, piora psicologicamente, ela não encontra o conforto buscado e vai ao longo do tempo encontrando uma angústia que se amplia. Ela não tinha escolha, ela não via nada. Ela estava completamente envolvida por ele e, em razão disso, foi sendo vítima de abusos sexuais, inclusive enquanto grávida, o que é gravíssimo. Ele a manipulou. Isso tudo aconteceu sem nenhuma consciência dela e sem nenhuma capacidade de resistência”, disse ao canal de tevê.
Outros casos
Além do depoimento dessa vítima, o Ministério Público ouviu também outras mulheres que passaram por situação semelhante nas mãos do terapeuta. Em alguns casos, não poderá ser aberta investigação porque o crime já prescreveu. “O Tadashi era o meu porto seguro”, disse uma das vítimas à Globo News. Ela narrou que a primeira abordagem imprópria de Kadomoto contra ela aconteceu em 2007, durante a exibição de um filme motivacional na sede do instituto.
No relato, a mulher conta que começou a perceber que o contato era impróprio quando o homem se deitou no colo dela e começou a acariciá-la nas pernas chegando até a virilha. “Quando eu era estagiária, ele tinha essas abordagens assim, absurdamente abusivas, de passar a mão nas partes íntimas”, lembrou a mulher.
Defesa
Procurado pela produção da Globo News, Kadomoto não se manifestou. Em nota, o advogado que o representa disse que ele atua há 30 anos na área de terapia comportamental e que a defesa ainda não recebeu nenhuma comunicação formal sobre a denúncia. Nas redes sociais do acusado também não havia sido postado nada sobre o assunto.