Jornal Estado de Minas

IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

Empresário que filmou mulheres fazendo ioga vira réu na Justiça

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o empresário Ricardo Machado de Sá Roriz e o amigo dele, Celso Lins Bastos, pelo episódio em que eles gravam e expõe mulheres praticando ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio de Janeiro.





A 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Zona Sul e Barra da Tijuca informou que a denúncia foi oferecida na sexta-feira (9/10). Ricardo e Celso são acusados dos crimes de perturbação da tranquilidade e ato obsceno. O processo foi distribuído na 33ª Vara Criminal.

Roriz é acusado de filmar a advogada Mariana Maduro e uma amiga enquanto ambas praticavam a atividade. Ricardo e Celso aplicaram zoom no celular para registrar o momento em que uma das mulheres tenta ficar de ponta-cabeça e fazem comentários e gestos obscenos durante o vídeo. As imagens foram divulgadas em 4 de agosto e ganharam repercussão nacional.

Na época, Roriz se justificou dizendo que havia bebido e que fez os vídeos com a intenção de criar conteúdo humorístico para as redes sociais. Ele apagou as publicações e usou o próprio perfil para um pedido de desculpas. "Venho externar minha solidariedade a quem se sentiu ofendido ou depreciado pela referida postagem", escreveu.





No entanto, dias depois o empresário voltou a gerar polêmica. Ele gravou um vídeo dizendo que havia descoberto porque "mulher da gente é um bicho chato pra c******" e prossegue falando que a "culpada" é a lei que combate a violência doméstica.

"Se a Maria da Penha não tivesse feito aquela lei, se tivesse uma lei assim: 'Você está casado e está vivendo com uma mulher há mais de três meses, você tem direito de enfiar a porrada se ela te encher o saco'. Toda mulher seria maravilhosa, seria calminha", continuou, concluindo que estava incomodado com cobranças da própria esposa após chegar em casa.