A Polícia Federal abriu inquérito para apurar as causas que levaram ao incêndio que atingiu o Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio, nesta terça-feira, 27. Duas pessoas morreram, sendo que uma delas, uma mulher de 42 anos, estava em estado grave de covid-19 e faleceu durante o processo de transferências dos pacientes para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari.
Em nota, a PF informa que já deslocou uma equipe de agentes à unidade para a realização de diligências e perícia criminal.
As chamas que atingiram o Bonsucesso começaram no prédio 1 da unidade, no qual estão as enfermarias e o CTI. Ao todo, 162 pacientes deixaram o local, sendo que 66 foram removidos para outros hospitais com o auxílio do Samu. Oito pessoas diagnosticadas com covid-19 foram transferida para o Leblon, na zona sul, e para Acari, incluindo a mulher que morreu.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Lauro Botto, informou que há indícios que o incêndio tenha começado no almoxarifado do prédio, onde havia um estoque de fraudas. A confirmação, no entanto, deverá vir com o aprofundamento das investigações.
O Hospital de Bonsucesso é considerado o principal dos seis federais do Rio. No início da pandemia, chegou a receber a visita do ex-ministro da Saúde Nelson Teich. A unidade fica em posição estratégica, na Avenida Brasil, o que facilita o atendimento a pacientes de outros municípios, como os da Baixada Fluminense.
Referência em serviços de média e alta complexidade, faz cerca de 15 mil consultas ambulatoriais todo mês, além de 1.300 internações, 1.200 atendimentos de emergência, 120 mil exames laboratoriais e 5 mil exames de imagem.