O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) se manifestou nesta quarta-feira (4) após a repercussão do caso da influenciadora Mariana Ferrer. Imagens divulgadas ontem pelo portal de notícias Intercept Brasil, mostraram Mari sendo humilhada pelo advogado de defesa do acusado, André Aranha. De acordo com o MP, o vídeo foi editado de forma que os trechos em que o promotor e o juiz interferem contra excessos praticados pelo advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho são suprimidos, dando a impressão de que a vítima foi humilhada sem nenhum tipo de interferência.
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O vídeo divulgado na última terça, mostra o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho humilhando Mari Ferrer durante o julgamento. No vídeo, ele diz que 'jamais teria uma filha do nível dela' e insinua que as roupas e fotos de Mari são provocativas, tentando responsabilizá-la pelo estupro.
Denúncia contra o juiz
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai analisar um pedido de investigação contra o juiz. Isso porque, durante audiência de instrução e julgamento do processo, o magistrado não teria feito nada quando o advogado do acusado afirmou que a jovem tem como "ganha pão" a "desgraça dos outros", nem quando foram mostradas fotos sensuais da garota, sem qualquer relação com o fato apurado, para questionar a acusação.
O pedido de investigação contra o juiz foi apresentado pelo conselheiro do CNJ Henrique Ávila à corregedoria do órgão.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.