O drama dos moradores do Amapá, que estão há três dias sem energia elétrica por causa de um incêndio em uma subestação da capital Macapá na noite de terça-feira, 3, ganhou contornos apocalípticos em centenas de depoimentos nas redes sociais. Apesar da dificuldade em conseguir conexão, muitas pessoas aproveitaram o pouco que restava de bateria em seus celulares para relatar as dificuldades da população local.
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Tendência de 2ª onda de covid aumenta no Rio, Maranhão e Amapá, diz FiocruzGoverno do Amapá estende bloqueio total por mais 5 diasPF caça três por propinas na Secretaria da Saúde do Amapá na pandemiaO material logo viralizou em diversas redes sociais e hashtags como #SOSAmapa, #ApagaoNoAmapa e #AmapaPedeSocorro passaram a circular com força. Vídeos nas redes mostram filas para conseguir colocar combustível no automóvel ou para comprar água, em um momento de pandemia no qual a aglomeração de pessoas pode aumentar a contaminação de covid-19.
Marina Silva (Rede), ex-senadora pelo Acre, também comentou os problemas. "É gravíssima e estarrecedora a situação no Amapá. Em quase todo o Estado, já são mais de 40 horas sem energia elétrica, água, internet e sinal de celular. As autoridades públicas precisam agir com urgência para contornar os transtornos e os prejuízos provocados a todos os amapaenses", disse em seu Twitter.
Outros dois políticos que estão divulgando as dificuldades locais são o senador Randolfe Rodrigues (Rede) e o deputado federal Camilo Capiberibe (PSB), eleitos no Estado. "O que estamos vivendo no Amapá é inaceitável. Precisamos de respostas rápidas. Comerciantes e famílias estão perdendo o pouco que tem, famílias sem água para cozinhar/tomar banho e grandes aglomerações se formando em supermercados, farmácias, postos de gasolina em plena pandemia", reclamou Capiberibe.
Auriney Brito, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Amapá também desabafou em sua conta de Twitter. "Estamos chegando a 48 horas sem energia no Amapá. Macapá entrando em convulsão por falta de água potável, combustível e outros itens básicos. Não é hora de politizar ou buscar culpados, precisamos da solidariedade e orações de todos. No meio desse caos, ainda há pandemia por aqui", disse.
Outra internauta usou o Twitter para lamentar a situação. "Só atualizando: estamos há 50 horas sem energia, pouco sinal de internet, a água potável está escassa, gasolina num preço absurdo, o Estado está na segunda onda de covid e não temos previsão de retorno", disse Mari Guedes.
Na quinta-feira, 5, o governo informou que tem a expectativa de restabelecer o fornecimento de energia em 70% do Amapá, mas a retomada das condições normais de atendimento em todo o Estado deverá levar mais tempo, segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Um incêndio na subestação Macapá ocorrido na noite de terça-feira levou ao desligamento automático da linha de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes. O fogo tomou conta da subestação e interrompeu cerca de 250 megawatts de carga elétrica.