O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, tentou separar o trabalho do órgão da disputa política em torno da produção de uma vacina contra a COVID-19. O diretor da agência disse que a "guerra política" precisa ficar fora dos muros da Anvisa. A vacina é tema de um embate entre o presidente Jair Bolsonaro e governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
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Anvisa não quis 'jogar água no chope' e decisão foi técnica, afirma presidente da agência Suspensão de vacina chinesa está mantida, afirma AnvisaMendes, sobre vacina: Não temos compromisso com prazo, interrupção é naturalSem máscara, presidente da Anvisa participou com Bolsonaro de manifestações em março"O que o cidadão brasileiro não precisa hoje é de uma Anvisa contaminada por guerra política. Ela existe, claro que existe, está aí. Mas ela tem que ficar nesses muros que os senhores entraram (sede da Anvisa) para fora", disse Torres durante coletiva de imprensa. "Não é razoável pessoas que têm de decidir sobre ciência tecer comentários e análises. Não somos comentaristas nem analistas políticos", declarou o presidente da Anvisa.
A decisão de suspender os testes foi técnica, argumentou Torres, após um evento grave não esperado com um dos voluntários da vacina. Na coletiva de imprensa, ele reforçou que as discussões políticas precisam ser separadas das análises da agência reguladora. "A César, o que é de César. A Deus, o que é de Deus", declarou.
Barra Torres é amigo próximo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele é almirante e assumiu o cargo por indicação de Bolsonaro.