Jornal Estado de Minas

Autora de ataques homofóbicos em padaria de SP diz que 'foi estúpida', mas 'não tem nada contra gays'

A advogada Lidiane Brandão Biezok, de 41 anos - filmada na sexta-feira (20) enquanto agredia e disparava ofensas homofóbicas e racistas contra clientes e funcionários de uma padaria de São Paulo - se pronunciou sobre caso neste domingo (22). 


Ela admite que foi agressiva, mas se diz "vítima de uma provocação". Lidiane conta que se sentiu ultrajada por dois clientes, que a teriam filmado enquanto ela comia um sanduíche. A mulher nega, contudo, que tenha disparado ofensas racistas na ocasião.



"Eu não tive a mínima intenção em ofender ninguém. Eu me senti acuada, me senti uma vitima ali de uma situação que eu não tinha como sair. Fui agressiva e estúpida, mas não tenho nada contra homossexuais. Peço desculpas", afirmou a advogada à Globo News. 

Lidiane foi presa em flagrante no dia da confusão por injúria racial, homofobia e lesão corporal, mas foi liberada. 

'Odeio viados'

Segundo a Polícia Militar de São Paulo, dois jovens relataram aos agentes mobilizados para atender a ocorrênia que foram jantar na padaria Dona Deôla, Zona Oeste da capital paulista. Em dado momento, notaram que a advogada  começou a ofender uma garçonete e um funcionário por estar insatisfeita com sua refeição. 

Eles então saíram em defesa dos funcionários, alertando a agressora de não tinha o direito de ofendê-los daquela maneira. Diante dessa postura, ela teria começado a disparar uma série de ofensas homofóbicas contra os jovens, tais como " Odeio viados", "Gays são o mal do mundo, pois são todos aidéticos" e "só servem para passar doenças". As agressões físicas tiveram início pouco depois. 





Padaria Dona Deôla lamentou o episódio e disse que confusão começou quando a advogada Lidiena Biezok chegou ao local alterada, ofendendo clientes e funcionários do estabelecimento (foto: Instagram/reprodução)
O vídeo que registrou a cena circula sob forte clima de indignação nas redes sociais. Nas imagens, a advogada, aparece dando tapas e puxando os cabelos de um jovem, enquanto profere xingamentos de baixo calão. "Tenta me bater, tenta... B* no c*.”, grita a agressora. 

Em nota divulgada nas redes sociais, a padaria Dona Deôla diz que lamenta o episódio e que acionou a polícia pouco depois do início dos ataques racistas.