O grupo dedicado a combater a pandemia de coronavírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu nota técnica, na segunda-feira (30/11), alertando para o aumento acelerado de casos de COVID-19 no Brasil, em especial na cidade do Rio. Os especialistas pedem que seja tomada uma série de medidas, que incluem novo fechamento das praias e suspensão de eventos esportivos, sociais e culturais.
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DER retoma emissão de multas em rodovias estaduais de SP a partir desta terçaPaís pode ter remédio de Alzheimer em 2022Casos de covid ocupam 84% das UTIs em hospitais privadosPF prende homem com quase um 1kg de diamantes ilegais em aeroportoPantanal: helicóptero do Ibama cai e piloto morre no acidente"Estamos diante de um quadro muito preocupante no município do Rio", afirma trecho da nota emitida pelo equipe da UFRJ. "O aumento dos casos já está provocando grande estresse no sistema de assistência à saúde (...) A média móvel de sete dias do percentual de ocupação de leitos do Sistema Único de Saúde (UTI adulto) dedicados à covid-19 (UTI/Srag - Síndrome Respiratória Aguda Grave) na Região Metropolitana I está em 93,5%. Já a média móvel de sete dias do percentual de ocupação de leitos de suporte à vida da Rede SUS no município está em 102,1%. Ou seja, não há vagas para internação."
A nota prossegue informando que, nessas condições, "o risco de ocorrerem óbitos sem que o paciente seja internado é elevadíssimo", e acrescenta que "estamos evoluindo em curto período para o colapso da rede de assistência aos pacientes, especialmente os mais graves".
Na avaliação dos especialistas, o novo aumento de casos de transmissão do vírus acontece após uma série de falhas nas medidas de prevenção. "Muitos, especialmente os mais jovens, têm se aglomerado em festas, bares, praias e outros eventos sociais. O processo eleitoral, fundamental à democracia, também gerou aglomerações", diz o texto.
O transporte público inadequado também está contribuindo para a transmissão do vírus. "E as declarações públicas de autoridades governamentais afirmando que não retrocederão nas medidas de flexibilização ampliam a gravidade da situação. Destaca-se que tais medidas não foram acompanhadas de ações visando oferecer transporte público adequado a fim de evitar a sobrecarga, o que torna esse meio de mobilidade um provável foco de disseminação do vírus."