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Vídeo: O que a ciência aprendeu após um ano de combate ao novo coronavírus

Um ano após o surgimento do primeiro caso de coronavírus no mundo, o que era antes tido como uma pneumonia desconhecida acabou se tornando a maior pandemia do século. O primeiro paciente com sintomas do que ficaria conhecido depois como COVID-19 na China teria sido identificado em 1º de dezembro de 2019, segundo a revista científica The Lancet. A doença provocada pelo vírus Sars-CoV-2 transformou a forma de trabalho de cientistas e pesquisadores em todo o mundo, que correram contra o tempo em busca de uma vacina em 2020. Confira os avanços que surgiram a partir dessa batalha.




 

 
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O principal avanço no combate à pandemia surgiu nas pesquisas por uma vacina eficiente, no menor tempo possível. A infectologista e especialista em saúde pública Luana Araújo explica que muitas das inovações proporcionadas pela pandemia de coronavírus poderão ser levadas em conta em combate a outras doenças. “A luta contra a COVID-19 nos obrigou a desenvolver muito conhecimento novo, tecnologias para vacinação, para testagem e para lidar com os pacientes mais graves”.

A vacina mais rápida até então produzida pela ciência tinha levado quatro anos para ficar pronta. Foi a da Caxumba, na década de 1960. A Pfizer/BioNTech, que o Reino Unido aprovou no começo de dezembro, levou apenas 10 meses. A Rússia chegou a anunciar que começou a imunizar a população na segunda quinzena de novembro, com a vacina Sputnik V. Resultados preliminares divulgados pelo governo russo alegam 95% de eficácia após a segunda dose. Mas esses resultados ainda não foram publicados e analisados pela comunidade científica.
 
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Necessidade de resposta rápida
Segundo a antropóloga, professora e pesquisadora da Universidade de Oxford Andreza Aruska, um dos maiores aprendizados no campo das ciências sociais foi a necessidade de adoção de medidas de contenção rápidas, coordenadas e nacionais. “O Brasil teve no início da pandemia casos concentrados nas principais cidades, e tínhamos no fim de março menos de 300 com confirmações de coronavírus. Em maio, já eram mais de 4 mil municípios, quase a totalidade de cidades do Brasil”.





De acordo com Andreza, como há diferenças nas medidas adotadas em cada município, os cidadãos acabam por se confundir, o que favoreceu a circulação do vírus pelo país.  
 
 
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Um novo tipo de vacina
A vacina Pfizer/BioNTech, que o Reino Unido adotou para começar a vacinar em dezembro a população, usa tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) e é projetada para desencadear uma resposta imunológica sem o uso de patógenos, como partículas virais reais.

A infectologista Luana Araujo explica que às vezes há erros no DNA e na expressão dele que podem causar doenças, e esse imunizante usa da possibilidade de introduzir um pequeno pedaço do RNA viral para induzir o corpo a reconhecer e atacar o patógeno do vírus Sars-Cov-2.

“O que a medicina tem tentado fazer é usar a terapia genética para reescrever esses pedacinhos errados e evitar o surgimento de doenças ou até mesmo curar doenças que já estejam estabelecidas. O desenvolvimento dessa nova tecnologia contra a COVID, que é a base de RNA, funciona da mesma forma. Essas vacinas pretendem escrever, inserir uma frase no manual de instrução que ensine a célula a combater o vírus da COVID-19 e essa é a grande ferramenta que a gente espera que tenha um impacto importante não só nessa doença, mas em muitas outras que estão por aí”.




 
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Os coronavírus na natureza
Os coronavírus são comuns na natureza e têm nos morcegos seus hospedeiros mais comuns. Pesquisas do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da China encontraram similaridade da genética do vírus com o de morcegos e cobras.

Alguns vírus podem passar de morcegos para seres humanos. Outros agentes infecciosos, como os vírus da raiva e do ebola, têm origem em morcegos e conseguiram se adaptar aos seres humanos ao longo de saltos entre espécies, podendo usar porcos, cavalos e outros animais como intermediários. É o que os cientistas chamam de zoonose, uma doença transmissível entre humanos e outros bichos. O coronavírus da Sars, a síndrome respiratória aguda grave, e da Mers, a síndrome respiratória do Oriente Médio, detectadas em 2002 e 2012, respectivamente, vieram de morcegos.
 
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Os primeiros coronavírus
Os coronavírus são velhos conhecidos da comunidade científica. O primeiro deles foi identificado em 1964, pela pesquisadora June Almeida, no laboratório do hospital St. Thomas, em Londres. Segundo o escritor médico George Winter, June, o professor Tony Waterson, diretor do hospital, e David Tyrrell nomearam os coronavírus dessa forma por causa da coroa em torno deles.





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