O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 7, que a sua gestão não virou as costas para o Plano Nacional de Imunização (PNI), do governo federal, que tem previsão de começar em março, mas pontuou a necessidade por mais agilidade no processo de vacinação dos brasileiros.
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Doria defendeu que a CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, e as demais vacinas que, eventualmente, sejam aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devem ser aplicadas imediatamente no Brasil. A CoronaVac está na fase final de análise de eficácia e ainda não recebeu aval do órgão federal.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, ressaltou que a realidade no processo de produção e aprovação do imunizante fez com que o início programado do PEI passasse de 15 de dezembro, data aventada inicialmente, para 25 de janeiro. Covas afirmou que existe elevada probabilidade de a data anunciada hoje se concretizar, apesar de a substância carecer da aprovação definitiva da Anvisa.
O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, relatou que conversa com representantes do Ministério da Saúde, mas ainda não recebeu nenhum sinal formal da pasta sobre a administração federal adquirir ou não o imunizante do Butantan/SinoVac. Em paralelo, Covas esteve recentemente com representantes do governo da Argentina em tratativas sobre a possibilidade de fornecer a CoronaVac ao país vizinho ao fim do programa de imunização em solo brasileiro.
Já o coordenador-executivo do Comitê de Saúde do governo paulista, João Gabbardo dos Reis, esclareceu que, se clínicas privadas quiserem participar do PEI, terão de oferecer a vacina de forma gratuita e universal, sem distinção entre seus clientes e o público geral.