Jornal Estado de Minas

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Desejos para 2021: metade dos brasileiros quer vacina para retomar rotina

Quase metade dos brasileiros tem como maior desejo para 2021 ter acesso à vacina contra a COVID-19 para retomar a rotina fora de casa. É o que aponta pesquisa da Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, em parceria com a Score Group.





Após um ano de grandes impactos e mudanças sem precedentes por causa da pandemia do coronavírus, 49,1% do total de entrevistados desejam uma vacina. Na faixa etária entre 18 e 25 anos, esse sonho é o maior. 55,6% dos jovens aguardam o imunizante para poder voltar à vida normal. Em geral, 28% já estão retomando aos poucos a rotina, tomando cuidados. 

Na pesquisa, realizada no final de outubro com 1.600 pessoas entre 18 e mais de 56 anos, nas principais capitais do país, os brasileiros expressam seus desejos para 2021,

Ganhar dinheiro ainda é um grande desejo. 45,7% dos brasileiros querem enriquecer. "Os mais jovens também são os que mais querem isso, 65,7% dos 18 aos 25 anos apontam ganhar dinheiro como sua principal expectativa, seguidos pelos brasileiros entre 26 e 35 anos, com 56,3%" explica Ligia Mello, sócia da Hibou. 

Emagrecer está em terceiro lugar nas metas para 2021: 42,1% dos entrevistados querem perder peso. Esse número é ainda maior na faixa dos 36 e 45 anos, com 49,8%.

Família, saúde e bem estar 

Afastados de suas famílias em 2020 com o isolamento, a reaproximação com os familiares vem em terceiro lugar na lista de desejos, para 2021: 38,4% de todos os brasileiros. Nas faixas etárias, essa vontade é maior entre pessoas dos 26 aos 35 anos e de 56 anos ou mais, representando 41,9% e 39% respectivamente.





"Consciência sobre a saúde mental, física e sobre solidariedade fazem parte dos desejos para 2021 também. Reflexo de um ano em que a saúde foi posta à prova e o autocuidado ganhou protagonismo na rotina dos brasileiros", diz Ligia. 

72,4% dos entrevistados querem exercitar o corpo e a mente em 2021, 38,1% desejam se engajar em atividades sociais e 33,2% vão consumir mais produtos orgânicos. Além disso, 69,8% dos ouvidos pela pesquisa querem fazer atividades físicas e cuidar do corpo e 46,9% desejam cuidar mais da pele, looks e cabelos, destes últimos quase 70% estão entre 18 e 25 anos.

Profissão e viagens 

Na vida profissional, qualificação vem em primeiro lugar na lista de desejos: 37,5% dos brasileiros querem estudar mais on-line. Aqueles que mais querem isso são os jovens de 18 a 25 anos. 24,6% dos entrevistados querem trabalhar mais em casa do que antes da pandemia e são pessoas entre 26 e 55 anos, ou seja, essa vontade é menor entre os mais jovens, que continuam querendo sair de casa para fazer suas atividades.





Impedidos de viajar, os brasileiros trazem viagens pelo próprio estado ou pelo Brasil como um grande desejo: 52,4%. Para 38%, pegar o carro mais vezes para passear e viajar está nos planos. "Em um ano de dificuldades financeiras, o brasileiro aprendeu a economizar, mesmo desejando ganhar mais dinheiro, 38,3% se vê gastando menos que em 2020. 30,7% gastaria o mesmo, e uma minoria de 16,5% se vê gastando mais." afirma Ligia Mello.

Em uma palavra, os entrevistados foram convidados a falar qual a expectativa para 2021. "Esperança" em primeiro lugar, seguida de "Vacina" e "Liberdade" mostram bem qual é a lista de desejos dos brasileiros após o ano mais marcante dos últimos tempos.

Em Belo Horizonte

Uma pesquisa realizada pelo instituto F5 Atualiza Dados, publicada com exclusividade pelo Estado de Minas, com amostra coletada no mês passado, revela uma adesão em massa à vacina e às máscaras e que os belo-horizontinos ainda não voltaram a frequentar bares, restaurantes e casas noturnas. 





Além disso, os resultados mostram que a maioria das pessoas pretende tomar a vacina assim que ela estiver disponível, mas não pagariam pela imunização. 

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, no fim da manhã desta quarta-feira (9/12), que fechou um acordo com o Instituto Butantan, de São Paulo, para garantir a imunização dos moradores da capital assim que a CoronaVac for aprovada.
 
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz

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