A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um jovem de 28 anos acusado de usar uma cobra para intimidar rivais e usuários de drogas que lhe deviam dinheiro. A prisão ocorreu no âmbito da operação Constrictor, deflagrada ontem. O homem responderá por tráfico de drogas e crimes ambientais, por manter a serpente, da espécie jiboia, em casa.
As investigações, conduzidas pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama), tiveram início em setembro, após denúncia anônima. Com o serviço de monitoramento de inteligência, os policiais civis, com o apoio da equipe da Seção de Cinofilia da Diretoria de Operações Especiais (DOE), chegaram ao paradeiro do suspeito. Ele foi preso em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e crimes ambientais.
Investigações revelaram que o jovem traficava drogas, como crack e maconha, há, aproximadamente, um ano, no Gama. Para intimidar usuários de drogas, o rapaz costumava utilizar a serpente e uma arma de fogo. Os policiais, então, passaram a monitorá-lo e constataram as atividades ilícitas. O homem foi detido na terça-feira, no momento em que comercializava entorpecentes na região administrativa. Com ele, a equipe apreendeu diversas porções de crack e maconha, dinheiro em espécie, arma de fogo, munição, pássaros silvestres e a cobra.
Outro caso
Na segunda-feira, uma universitária do curso de direito, de 19 anos, foi presa acusada de manter em cativeiro duas cobras da espécie corn snake, de origem norte-americana. A jovem foi detida pelos investigadores também após denúncia anônima, que informou aos policiais que a suspeita mantinha cobras e vasos de maconha na residência, no setor Contagem, em Sobradinho 2. Ao chegar ao endereço, a equipe apreendeu duas serpentes corn snake, além de ratos congelados, que eram servidos como alimentos aos animais. Na casa, havia, ainda, uma porção de haxixe.
Em depoimento, a estudante alegou que comprou as cobras pelo valor de R$ 250 cada uma, por meio da internet. Os animais, segundo ela, chegaram pelos Correios. A jovem foi autuada pelos crimes de manter o animal em cativeiro e por posse de drogas para consumo pessoal. Caso seja condenada, pode pegar dois anos de prisão.
A suspeita foi liberada após assinar o termo de compromisso de comparecimento em juízo. As duas serpentes e os ratos congelados serão encaminhados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Cetas/Ibama).