O Ministério da Saúde assinou nesta quinta-feira (10/12) um memorando de entendimento com a Pfizer para comprar 70 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus. Os brasileiros terão acesso à imunização quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o registro em solo nacional.
Nesta semana, o Reino Unido começou a vacinar idosos alocados em asilos e profissionais de saúde com a Pfizer. A vacina precisa ser congelada a uma temperatura de -70ºC. O governo brasileiro não divulgou qualquer acordo com a Coronavac, da chinesa Sinovax Biotech, produzida em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
Em relação à Pfizer, há um otimismo do Ministério da Saúde de que a vacina chegará ao Brasil nos primeiro meses de 2021. “Havendo a possibilidade para uso emergencial e se eles conseguirem fornecer antecipadamente, podemos ter acesso a vacina no corrente ano”, afirmou o secretário-executivo de saúde, Élcio Franco, durante entrevista em Brasília.
Ele também falou sobre o contrato que o governo brasileiro tem com a vacina de Oxford, produzida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): “Quando perguntam o porquê de não termos comprado nenhuma vacina, é importante deixar claro que a opção legal do que foi firmado entre a Fiocruz e a Astrazênica foi um contrato de encomenda tecnológica, baseado na legislação brasileira. Não é uma compra de vacina”.
Nesta quarta-feira, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que o Brasil tem pelo menos 300 milhões de doses de vacina garantidas em 2021. Segundo ele, 160 milhões virão de Oxford no primeiro semestre e o restante a partir de julho. Ainda há 42 milhões de doses que virão do consórcio da Covax Facility, por intermédio da Organização Mundial de Saúde (OMS).