Dados do Ministério da Saúde apontam que 279 pessoas morreram por COVID-19 neste domingo (13/12). No mesmo período, foram registrados 21 mil novas infecções em todo o país. Os números sofrem baixas no fim de semana, com casos subnotificados, tendo em vista que muitas secretarias estaduais de saúde não funcionam no período. Ao todo, foram registradas 181 mil mortes desde o começo da pandemia, e 6,9 milhões de infectados.
A média móvel de casos é de 643 em uma semana. Isso significa que, em média, essa foi a quantidade de óbitos por dia pela doença nos últimos sete dias. Esta é a maior taxa desde agosto, quando a pandemia ainda estava no auge. O país registrou uma alta de 23% nas vidas perdidas pela doença nas últimas duas semanas. 17 estados apresentam aumento no número de mortes, o que revela uma aceleração na mortalidade da pandemia, que continua avançando pelo país.
Os dados embasam declarações dos pesquisadores de que uma segunda onda atinge o Brasil. Há várias semanas, o serviço de inteligência do governo já apontava que uma nova onda da doença avançaria após as eleições, e em razão da queda da porcentagem do isolamento social em todas as regiões. De acordo com os relatórios, esse avanço seria notado em dezembro, e se aprofundaria rapidamente, podendo gerar perdas econômicas, humanas e sociais nas capitais e no interior.
A região sudeste ainda apresente a maior parte dos infectados. Na localidade, 2,3 milhões de pessoas foram diagnosticadas com o vírus. Este número pode ser muito maior, tendo em vista a ausência de testes nos serviços de saúde e os pacientes que mesmo infectados não apresentam sintomas, mas transmitem o vírus. O Nordeste registra 1,7 milhão de casos, seguido pelo Sul, com 1,1 milhão. A taxa de letalidade no país está em 2,7%, de acordo com dados oficiais.