A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) enviou, nesta terça-feira (15/12), carta ao Supremo Tribunal Federal (STF) em protesto contra a inclusão de nomes de professores e pesquisadores como colaboradores do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a COVID-19. Segundo a associação, indicações feitas para atender à demanda do Ministério da Saúde sofreram distorções.
"O acolhimento de recomendações técnico-científicas ocorreu em graus variados e sempre ancilares. Pelo exposto, a presença de seus nomes, na condição ambígua de elaboradores ou colaboradores, pode permitir a incorreta interpretação do seu envolvimento e, portanto, responsabilidade pela autoria do trabalho apresentado", argumenta a carta, assinada pela presidente da Abrasco, Gulnar Azevedo e Silva.
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Na avaliação da presidente da Abrasco, o material enviado pelo governo federal, além da questão dos nomes, não representa "um verdadeiro e efetivo plano para contenção da pandemia mediante vacinação de abrangência nacional".
"Entende que esse anúncio apenas enumera medidas parciais e em alguns casos equivocados, em resposta à crescente demanda da sociedade. Portanto o que foi apresentado é de exclusiva responsabilidade do governo federal", completa Gulnar.
Compras
A entidade ainda aproveita o espaço para fazer apoio às demandas de compras de todas e quaisquer vacinas contra o novo coronavírus, e que passem pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por fim, o documento expõe que a Abrasco "considera urgente a apresentação de um verdadeiro, completo e detalhado plano orientador para uma Campanha Nacional de Imunização contra a COVID-19".
No último sábado (12), o Ministério da Saúde entregou o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, o documento de 93 páginas não indica uma data para o início da vacinação. A pasta afirmou que o plano será apresentado e detalhado à população nesta quarta (16).