Jornal Estado de Minas

INOVAÇÃO

Aplicativo ajuda a notificar quem teve contato com infectado pela COVID-19

Os casos de COVID-19 têm aumentado no Brasil e em várias partes do mundo, preocupando autoridades que temem o colapso nos sistemas de saúde. Em Minas Gerais, a média móvel de casos bate recorde pelo quarto dia seguido. Mas, o aplicativo Coronavírus do Sistema Único de Saúde (SUS) usa uma tecnologia que pode ajudar a notificar pessoas que tiveram contato com infectados pela COVID-19. 





A ferramenta tem uma tecnologia desenvolvida por Google e Apple de notificação de exposições. Assim, o recurso consegue monitorar o avanço da doença. Ele foi anunciado pelo Ministério da Saúde, no final de julho. Porém, com o aumento do número de casos nas últimas semanas, o aplicativo voltou a ser lembrado nas redes sociais. 
 
 

Como funciona? 

A função permite que o aplicativo envie um alerta para usuários que tiveram contato com pessoas infectadas nas últimas horas. A notificação informa sobre o contato, orienta sobre os sintomas e quando procurar o serviço de saúde. Ela é feita em até 24 horas e considera pessoas que estiveram próximas do usuário nos últimos 14 dias que é o período de incubação do vírus. 

Para isso, a ferramenta usa a tecnologia Bluetooth, voltada à comunicação sem fio em curtas distâncias. Ela não identifica a localização exata, mas consegue medir a faixa de distância entre um celular e outro. O aplicativo reconhece, especificamente, contatos próximos a uma distância de 1,5 a 2 metros, por um tempo mínimo de 5 minutos.





Porém, essa identificação só é feita entre smartphones que tenham o aplicativo instalado, assim como para receber os alertas. As pessoas diagnosticadas com COVID-19 devem registrar o resultado do teste no aplicativo, a partir de um código de números. Desse modo, se você teve contato com essa pessoa, receberá a notificação em seu aparelho.  

O aplicativo está disponível para Android e IOS

Privacidade

Ferramentas desse tipo levantam discussões sobre vigilância e privacidade de usuários. Segundo o Ministério da Saúde, o aplicativo conserva a privacidade tanto do paciente infectado como da pessoa que recebe a notificação da possível exposição a alguém infectado. A notificação avisa apenas que o usuário teve contato com uma pessoa contaminada, mas preserva a data e o local desse encontro.

Ainda de acordo com o órgão, o aplicativo não tem acesso à identidade dos usuários, bem como a nenhuma informação pessoal, como CPF, nome ou número de telefone, e nenhum dado de geolocalização, incluindo dados de GPS, é coletado.

Além disso, todos os dados são criptografados e salvos apenas no smartphone, metodologia utilizada pela Apple em seus processos de privacidade.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 




 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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