Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Pazuello diz que rede privada só terá vacina depois que o SUS for atendido

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (17/12) que as clínicas privadas poderão importar vacinas contra COVID-19 apenas depois que a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) for atendida completamente. A declaração foi feita em sessão de debates no Senado Federal.





Questionado, o ministro respondeu que “sim”, a rede privada vai poder comprar as vacinas mas apenas depois que o ministério autorize e afirme que a demanda está completa.

“Sim. Vai poder comprar sim. A partir do momento em que a gente já tenha cumprido o que a gente precisa receber. Claro que precisa comprar também no privado, mas com prioridade para o SUS, com prioridade para o nosso programa nacional, que é para todos”, afirmou. 

O ministro também voltou a falar que haverá um “plano unificado” para a vacinação no país. O discurso destoa do governador de São Paulo, João Doria (PSB), que prometeu imunizar qualquer cidadão brasileiro que estivesse no estado.
 
“É um plano só para um país só. Não haverá separação de estado nem município, nem por classe de nada. Todos os brasileiros serão vacinados igualitariamente e todos os estados receberão dentro da proporção dos grupos a vacina simultaneamente, para que haja a vacinação grátis para todos os brasileiros.”




 

A guerra das vacinas
 

Em meio a uma guerra política, na tarde de quarta-feira (16/12), o ministro da Saúde afirmou que vai comprar cerca de 46 milhões de doses da Coronavac, vacina contra a COVID-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. 

A vacina, que foi motivo de inúmeras brigas entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, agora fará parte do plano de imunização brasileiro.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria

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