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Estado de Minas Astronomia

Saiba como acompanhar ao vivo o raro alinhamento entre Júpiter e Saturno

Desde o século 17, planetas não se alinham dessa maneira no céu


19/12/2020 18:06 - atualizado 19/12/2020 18:19

Júpiter e Saturno vão se alinhar no céu(foto: NASA/ Bill Ingalls)
Júpiter e Saturno vão se alinhar no céu (foto: NASA/ Bill Ingalls)
Como parte do dezembro cheio de eventos astronômicos memoráveis, os gigantes do Sistema Solar se alinham hoje, como não visto desde o século 17. Júpiter e Saturno estarão em conjunção e a observação será possível na noite desta sábado (19/12). Para acompanhar, ao vivo, esse evento, uma transmissão ao vivo será realizada junto a astrônomos de diversas cidades do Brasil pelo canal no Youtube do Observatório Nacional(ON), a partir das 18h.

A raridade do fenômeno se dá pela proximidade do arco aparente do alinhamento em relação à Terra, que será até cinco vezes mais próximo, em minutos, que o da Lua. Para se ter uma ideia, entre este sábado e o dia 23/12, não apenas Júpiter poderá ser visto a olho nu, como também quatro de suas maiores luas, os satélites galileanos, e Titan e Jápeto, duas maiores "luas" de Saturno. Tal proximidade só foi registrada em julho de 1623.



E para ver a olho nu? 

Vale a pena ressaltar que Júpiter e Saturno já estão visíveis ao olho nu desde o dia 16 de dezembro. Para conseguir visualizar os planetas, é preciso olhar para o oeste (onde o Sol se põe, direção contrária ao mar), logo após o poente, por isso, o horário varia de acordo com a cidade do Brasil em que você se encontra. 

Para facilitar a localização, você pode esticar o braço em direção ao horizonte e abrir bem a mão: Júpiter srá o ponto mais brilhante que você vai ver na direção do seu dedo polegar. Como não estará no alto, mas próximo do horizonte, é preciso ter uma visão livre para conseguir localizar os planetas, que ficam facilmente visíveis até uma hora após o poente.

Equipamentos podem ajudar a visualização


A pesquisadora Josina Nascimento, da Coordenação de Astronomia e Astrofísica do ON, ressalta o quanto faz diferença o uso de equipamentos, como a lente do telescópio na observação desses fenômenos, que também poderão ser visto a olho nu, mas sem a mesma dimensão de beleza, bem como o quanto as ferramentas digitais vão possibilidar interação, tal qual a lógica de comunidade em volta de observadores numa praça pública.

"Uma das coisas que a gente mais gosta de fazer é observação pública, colocar um telescópio numa praça, escola ou as pessoas vindo no Observatório e fazendo aquela grande fila. O que é mais gostoso é a conversa enquanto o pessoal está aguardando, tem perguntas de todo tipo, adultos, crianças, idosos, pessoas de todo nível de instrução, é um momento muito legal. Agora, nós transmitimos ao vivo e as pessoas ainda conseguem fazer perguntas. Aquele papo em volta do telescópio continua acontecendo e agora com um número maior de pessoas. Ali naquela conversa no Youtube também surgem coisa maravilhosas", declarou em entrevista à Agência Brasil.

Quem decidir acompanhar o evento virtual, batizado de "O Céu em sua Casa: observação remota" terá acesso não apenas a imagens dos equipamentos do Observatório Nacional, mas também de parceiros, como a transmissão dirta do Laboratório Nacional de Astrofísica, de Itajubá (MG), além de inúmeros observadores amadores de diversas partes do Brasil. 




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