A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), detentora da transferência tecnológica da vacina da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, anunciou, nesta terça-feira (22/12), que vai fornecer ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde o primeiro um milhão de doses de produção nacional entre 8 e 12 de fevereiro de 2021. A atualização foi dada durante Comissão Externa de Enfrentamento à COVID-19 na Câmara dos Deputados.
Na reunião, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, informou aos parlamentares que o ritmo de entrega das produções próprias será acelerado a partir da terceira semana, com repasse de 700 mil doses diárias pela unidade produtora de imunobiológicos Bio-Manguinhos.
"Estaremos recebendo ingrediente farmacêutico ativo para esta vacina para o início da produção no mês de janeiro. Esta produção terá que ser certificada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As duas primeiras semanas sempre são de ajuste. Depois, serão 3,5 milhões de doses por semana. Isso faz parte do esforço que estamos fazendo para garantir vacinas, no plural, para nossa população", disse Nísia.
Uso emergencial
Outra alternativa trabalhada pela Fiocruz é a solicitação do uso emergencial da vacina, podendo antecipar ainda mais o cronograma de entrega. "O esforço é para, se possível, quando sair o registro em uma agência regulatória com equivalência à Anvisa, solicitar autorização de uso emergencial com o prazo de 10 dias. Então, também estaremos trabalhando com essa possibilidade, mas não existe, com segurança, essa informação para ser prestada agora", completou a presidente.
O governo federal espera incorporar 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford no primeiro semestre de 2021. Há, ainda, a previsão de 42,5 milhões de doses fornecidas pelo mecanismo multilateral Covax Facility, outras 70 milhões pela Pfizer, além de tratativas com a CoronaVac, do Instituto Butantan com a Sinovac, e com as farmacêuticas Bharat Biotech, Moderna, Gamaleya e Janssen.