O aumento dos casos da pandemia de covid-19 no Estado de São Paulo levou o governo a regredir a flexibilização do isolamento social para a fase vermelha, a mais rígida. Assim, entre os dias 25 e 27 de dezembro e 1 e 3 de janeiro. O comércio e todas as atividades consideradas não essenciais ficarão fechadas. Para o presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), Percival Maricato, é preciso que a sociedade civil trabalhe em conscientização da população, já que com a continuidade da alta de casos, para além das vidas perdidas, cresce o desemprego.
"Se a pandemia durar mais 3 ou 4 meses, vão restar cerca de 20% dos bares e restaurantes do País. A cada restaurante fechado, são pelo menos 5 pessoas sem trabalho", afirma Maricato. A perspectiva dele é de que até abril o setor encontre dificuldades e restrições em razão do recrudescimento da pandemia.
Ele considera que o setor tem sido penalizado como uma espécie de 'bode expiatório do avanço da doença, já que shoppings e comércios conseguiram acordos melhores com o governo do Estado na última regressão à fase amarela. Na ocasião, o horário de funcionamento do comércio foi expandido, enquanto bares e restaurantes tiveram de deixar de vender bebida alcoólica depois das 20h.
"O governo deveria punir estabelecimentos que não cumprem as normas de segurança, não penalizar todo o setor", avalia Maricato.