Após incluir a vacina CoronaVac como um dos prováveis imunizantes que irão integrar o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19, o Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (22/12) que pretende mais que dobrar a oferta da produção do Instituto Butantan, em parceria com a empresa chinesa Sinovac.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, na segunda-feira (21), a pasta teve uma reunião com o Butantan para expandir a compra para 100 milhões de doses até o fim do primeiro semestre.
Medeiros explicou que, a princípio, o contrato que está sendo fechado com o Butantan prevê a entrega de 46 milhões de doses da Coronavac, sendo nove milhões em janeiro, 15 milhões em fevereiro e 22 milhões em março.
“Teríamos esse cronograma de entrega proposto pelo Butantan, mas ontem (segunda-feira) tivemos uma reunião para expandirmos essa compra para 100 milhões até o final do primeiro semestre. O contrato está na fase final de acerto”, indicou.
O Correio entrou em contato com o Instituto Butantan para confirmar a expansão do contrato com o Ministério da Saúde, mas a entidade não respondeu até a publicação desta reportagem.
Pfizer
Assim como as tratativas com o Butantan, o acordo de compra de 70 milhões de doses da candidata da Pfizer será concluído em "questão de dias", como garantiu Medeiros durante participação na Comissão Externa de Enfrentamento à covid-19 na Câmara dos Deputados. "Existe a expectativa de fornecimento de 8 milhões de doses no primeiro semestre e 62 milhões de doses a partir do segundo semestre".
Além disso, há acordo com a AstraZeneca, com produção do imunizante pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O governo federal espera incorporar 100,4 milhões de doses da vacina no primeiro semestre de 2021. Há, ainda, a previsão de 42,5 milhões de doses fornecidas pelo mecanismo multilateral Covax Facility, além de tratativas com as farmacêuticas Bharat Biotech, Moderna, Gamaleya e Janssen.