Jornal Estado de Minas

ERÓTICO

Setor erótico tem crescimento em 2020; casados compram mais que solteiros

Com a pandemia, vários setores foram abalados por crises financeiras, mas o ramo erótico registrou um grande crescimento. Os avanços foram observados durante todo o ano de 2020 e, de março a maio, o registro mostra 4,12% a mais em comparação ao mesmo período de 2019. São Paulo e Minas Gerais são os campeões nas compras eróticas, segundo o portal Mercado Erótico.




 
Para Beatriz Viana Borges, fundadora da Velle, butique erótica em Belo Horizonte, o principal motivo do crescimento foi a descoberta de uma forma natural de reduzir o estresse, que foi grande neste ano. “Os hormônios liberados nas atividades sexuais melhoram muito o bem-estar e é uma forma natural de desestressar, e o que mais fizemos neste ano, foi estressar! Foi preciso aprender maneiras de aliviar essa tensão”, explica.
 
De acordo com o portal Mercado Erótico, entre março e agosto, as vendas de vibradores cresceram 50%, com a venda de cerca de 1 milhão de unidades no Brasil. Beatriz também observou que a fama do produto aumentou e disse que essa categoria foi a mais vendida em sua loja.
 
Vibradores são os campeões de venda no mercado erótico (foto: Divulgação/ Velle )

 
Ainda segundo o portal, quem compra mais são as pessoas casadas, somando 27,8% contra os 13,9% dos solteiros. A faixa etária de 25 a 34 anos representa 51,4% dos clientes dos lojistas pesquisados. 




 
Os dados também mostram que as mulheres compram mais que homens. Beatriz considera que a maneira de falar sobre a sexualidade feminina é o ponto principal, já que agora o assunto é mais discutido. “Ainda é um tabu, mas a tendência é melhorar. Comparado com o que era antes, está muito melhor”, comemora.
 
Em comparação com as mulheres, os homens ainda são tímidos nas compras em sex-shops, entretanto consumo deles aumentou 30% nos últimos 5 anos. 
 
O setor encontrou dificuldade para expor os produtos, já que as lojas físicas foram fechadas em muitas cidades. A opção, assim como outros estabelecimentos, foi recorrer aos meios digitais
 
Catálogos virtuais e perfis em redes sociais cresceram e beneficiaram, também, as compras de quem tinha vergonha de entrar em um sexshop, explica Stephanie Seitz- diretora da INTT Cosméticos, fabricante de produtos sensuais, e completa “antigamente as pessoas tinham receio de comprar em sex-shop, tinham vergonha, achavam que estavam fazendo algo de errado”. 
 
Além dos vibradores, outros quatro produtos aparecem no ranking dos mais vendidos do ano, segundo levantamento do Mercado Erótico
 
1º: Bullet 
2º Lubrificante íntimo
3º Gel térmico
4º Gel para massagem corporal
5º Calcinha Tailandesa

*estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz





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