O número de mortos por COVID-19 no Brasil pode ser superior a 220 mil pessoas. É o que aponta levantamento realizado pela organização Vital Strategies, formada por pesquisadores e especialistas, que diz atuar no desenvolvimento de programas de saúde em mais de 70 países.
Oficialmente, o Brasil ultrapassou na última quinta-feira, 25, a marca de 7,4 milhões de casos confirmados e 190 mil mortes pelo novo coronavírus. Os dados são da plataforma de monitoramento do Ministério da Saúde.
Cientistas da Vital Strategies, no entanto, calculam que as perdas na pandemia podem ser ainda maiores. Conforme publicou o jornal Folha de S.Paulo, a estimativa da organização é de que quase 33 mil óbitos, registrados até meados de novembro, ficaram de fora das estatísticas oficiais.
Para fazer o levantamento, os pesquisadores fizeram cruzamento de dados oficiais coletados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe). A plataforma é do próprio Ministério da Saúde.
Inicialmente, foram identificados 68.631 pacientes vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que não tiveram a causa específica descoberta. A síndrome pode ser provocada por diferentes vírus respiratórios, a exemplo do influenza ou do Sars-CoV-2, este último causador da COVID.
Destes, 32.923 pacientes apresentaram ao menos três sintomas clínicos da doença -- o que, segundo os pesquisadores, seria suficiente para tratá-los como prováveis mortes por COVID. Segundo o levantamento, os sintomas mais comuns foram dispneia, saturação de oxigênio no sangue abaixo de 95% e tosse.
"Os municípios e Estados estão tão sobrecarregados que não tem perna para investigar os casos", diz a epidemiologista Fatima Marinho, consultora-sênior da Vital Strategies, responsável pelo levantamento.
Entre especialistas, é consenso que o Brasil lidou com subnotificação da doença e problema para realizar testagem em massa durante a pandemia. Para Fatima, o cenário dificulta a situação do País.
"Só com a real dimensão do impacto sobre a população é que, de fato, é possível fazer um enfrentamento da pandemia. Ou você vai estar sempre correndo atrás do vírus", afirma. "Isso permite captar melhor o cenário e fazer projeções para antecipar as medidas. Hoje, a gente espera pipocar uma alta de casos para agir."
Oficialmente, o Brasil ultrapassou na última quinta-feira, 25, a marca de 7,4 milhões de casos confirmados e 190 mil mortes pelo novo coronavírus. Os dados são da plataforma de monitoramento do Ministério da Saúde.
Cientistas da Vital Strategies, no entanto, calculam que as perdas na pandemia podem ser ainda maiores. Conforme publicou o jornal Folha de S.Paulo, a estimativa da organização é de que quase 33 mil óbitos, registrados até meados de novembro, ficaram de fora das estatísticas oficiais.
Para fazer o levantamento, os pesquisadores fizeram cruzamento de dados oficiais coletados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe). A plataforma é do próprio Ministério da Saúde.
Inicialmente, foram identificados 68.631 pacientes vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que não tiveram a causa específica descoberta. A síndrome pode ser provocada por diferentes vírus respiratórios, a exemplo do influenza ou do Sars-CoV-2, este último causador da COVID.
Destes, 32.923 pacientes apresentaram ao menos três sintomas clínicos da doença -- o que, segundo os pesquisadores, seria suficiente para tratá-los como prováveis mortes por COVID. Segundo o levantamento, os sintomas mais comuns foram dispneia, saturação de oxigênio no sangue abaixo de 95% e tosse.
"Os municípios e Estados estão tão sobrecarregados que não tem perna para investigar os casos", diz a epidemiologista Fatima Marinho, consultora-sênior da Vital Strategies, responsável pelo levantamento.
Entre especialistas, é consenso que o Brasil lidou com subnotificação da doença e problema para realizar testagem em massa durante a pandemia. Para Fatima, o cenário dificulta a situação do País.
"Só com a real dimensão do impacto sobre a população é que, de fato, é possível fazer um enfrentamento da pandemia. Ou você vai estar sempre correndo atrás do vírus", afirma. "Isso permite captar melhor o cenário e fazer projeções para antecipar as medidas. Hoje, a gente espera pipocar uma alta de casos para agir."