A média móvel de mortes causadas por covid-19 ficou em 872 vítimas nesta sexta-feira, 8, no Brasil. Esse tipo de média leva em consideração dados dos últimos sete dias para corrigir distorções provocadas pelas variações nos registros. Nas últimas 24 horas, o País registrou 1.379 novas mortes e 84.977 novos diagnósticos confirmados.
Trata-se da maior média móvel registrada no País desde 2 de setembro, quando o número ficou em 878 vítimas. Os novos diagnósticos e mortes em 24 horas também são recordes no período. Os dados, no entanto, sofrem o efeito de registros retroativos inseridos pelo Estado do Paraná, que sozinho reportou nesta sexta-feira 386 óbitos e mais de 32 mil casos, volume atípico para um único dia.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Paraná disse que os números referentes ao dia anterior mostram 3 mil casos e 27 mortes. A pasta não detalha, no entanto, qual o período dos registros retroativos, ou seja, quando aconteceram as mortes que agora estão sendo reportadas.
Os dados são reunidos pelo consórcio de veículos de comunicação a partir dos registros das secretarias estaduais de Saúde. O consórcio é formado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL. No total, o Brasil chegou a 201.542, com 8.015.920 diagnósticos confirmados.
De acordo com o Ministério da Saúde, 7.114.474 pessoas se recuperaram da doença em meio a 8.013.708 casos confirmados. Os dados da pasta diferem dos registros do consórcio em razão da metodologia de coleta. A pasta aponta um total de 201.460 óbitos, 962 nas últimas 24 horas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta sexta-feira os dois primeiros pedidos para uso emergencial de vacina contra a covid-19. Os pedidos foram feitos pela Fiocruz, que espera importar 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca para o País, e pelo Instituto Butantã, que desenvolve com a Sinovac a Coronavac. A agência espera analisar os pedidos em até 10 dias e a campanha de vacinação pode ser iniciada ainda em janeiro.
Consórcio dos veículos de imprensa
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
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