Medicamentos sem comprovação científica, como ivermectina e cloroquina, estão sendo indicados pelo Ministério da Saúde para o chamado "tratamento precoce" contra o novo coronavírus, mesmo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) contestando esse tipo de tratamento. A Prefeitura de Manaus, capital do Amazonas, foi quem recebeu a "indicação".
A informação é da Folha de São Paulo. A pasta ainda pediu autorização para fiscalizar as Unidades Básicas de Saúde como forma de "encorajar" esse tipo de tratamento.
A ideia da visita, que seria iniciada nesta segunda-feira (12/01), é de "que seja difundido e adotado o tratamento precoce como forma de diminuir o número de internamentos e óbitos decorrentes da doença".
"Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo Ministério da Saúde, tornando, dessa forma, inadmissível, diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção da referida orientação", continua documento enviado à Prefeitura de Manaus, mesmo sem comprovação de autoridades científicas.
Segundo dados divulgados nessa segunda-feira (11/01) pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 8,13 milhões de casos de COVID-19, com 203,5 mil mortes.