O diretor de Pesquisas Médicas do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, afirmou nesta terça-feira (12/01) que a eficácia da vacina no uso para a população em geral "deve ser bem mais alta" que o encontrado durante os estudos de fase 3 do imunizante. Segundo reforçou o pesquisador responsável pelo estudo, os testes foram realizados com profissionais da saúde voluntários e, portanto, não necessariamente representam os resultados encontrados entre a população geral.
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Conforme afirmou Palácios, 85 dos participantes do estudo clínico que receberam a Coronavac - vacina contra a COVID-19 desenvolvida em parceria com a chinesa Sinovac - tiveram sintomas muito leves ou não tiveram nenhum, contra 167 do grupo controle.
Com os dados divulgados, o Butantan reforça que a eficácia geral da vacina ficou em 50,38% - medida da capacidade da vacina de reduzir os casos muito leves. Na última semana, o Butantan havia anunciado que a vacina foi capaz de reduzir em 78% a ocorrência de casos leves da doença e em 100% as formas graves e internações.
"Temos uma vacina capaz de controlar a pandemia por diminuir a intensidade da doença", afirmou Palácios durante entrevista coletiva no Instituto Butantan no início da tarde desta terça-feira.