Foi remarcada para esta sexta-feira (15/1), às 23h, a decolagem do avião que irá para a Índia buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca, em parceria com a Oxford. O voo era fretado pelo governo federal e será feito pela companhia área Azul.
A aeronave deveria partir do Recife na noite desta quinta-feira (14/1), mas, de acordo com a empresa, não foi possível realizar a viagem por "questões logísticas internacionais", sem detalhar os motivos.
Na nova programação, o voo está marcado para sair do aeroporto de Guararapes, seguindo viagem até o aeroporto de Mumbai. A data de retorno não foi informada – no roteiro inicial, chegaria ao Brasil no sábado (16).
Na nova programação, o voo está marcado para sair do aeroporto de Guararapes, seguindo viagem até o aeroporto de Mumbai. A data de retorno não foi informada – no roteiro inicial, chegaria ao Brasil no sábado (16).
A vacina da Oxford, grande aposta do governo de Jair Bolsonaro, está em processo de análise pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido para uso emergencial já foi encaminhado para o órgão.
A decisão deve ser informada no próximo domingo (17/01). No mesmo dia deve ser anunciada também a decisão sobre a CoronaVac, vacina do laboratório chinês Sinovac produzida em parceria com o Instituto Butantan.
Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, esta vacina foi o segundo imunizante aprovado pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA), no Reino Unido.
Segundo estudiosos, o imunizante é o mais econômico e fácil de armazenar. Isso porque custa cerca de 2,50 libras (aproximadamente R$ 14) a dose. Além disso, pode ser conservado na temperatura de um refrigerador, entre 2°C e 8°C, diferentemente das vacinas da Moderna e Pfizer/BioNTech – que precisam ser armazenadas a temperaturas muito reduzidas (-20°C no primeiro caso e -70°C no segundo).
A vacina Oxford/AstraZeneca é de "vetor viral". Ou seja, toma como base outro vírus (um adenovírus de chimpanzé) que foi transformado e adaptado para combater o novo coronavírus.
O Ministério da Saúde confirmou a aquisição de 2 milhões de doses da vacina. A pasta tinha pedido cerca de 10 milhões de doses, mas conseguiu apenas 20%.
Segundo Pazuello, a decisão do governo federal de optar em um primeiro momento pela vacina da farmacêutica AstraZeneca foi tomada por ser o melhor negócio para o governo na época.
"Há seis meses, optamos pela melhor vacina na época, o melhor negócio. Fizemos uma encomenda tecnológica à AstraZeneca, com uma MP (Medida Provisória) de R$ 1,9 bilhão para, com R$ 600 milhões, fazermos o investimento necessário de produção", explicou Pazuello.
"Com a tecnologia incorporada até julho de 2021, passaremos a produzir por mês 20 milhões de doses totalmente brasileiras com a estrutura da Fiocruz", informou.
"Com a tecnologia incorporada até julho de 2021, passaremos a produzir por mês 20 milhões de doses totalmente brasileiras com a estrutura da Fiocruz", informou.
Ainda segundo Pazuello, uma dose da vacina custa cerca de US$ 3 (R$ 16,40).
Confira a nota do Ministério da Saúde
"O Ministério da Saúde informa que o avião da companhia aérea Azul começará sua rota para buscar os dois milhões de doses da vacina contra a COVID-19 na Índia às 15h30 desta quinta-feira (14), decolando do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), com escala ao Aeroporto de Guararapes, em Recife (PE). A partida da cidade pernambucana para Mumbai, na Índia, foi reprogramada em algumas horas por questões logísticas internacionais e continua seu plano de voo nesta sexta-feira (15), às 23h."
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina