Durante a live semanal nesta quinta-feira (14/01), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o Brasil não está atrasado no início da vacinação contra a COVID-19. No discurso, Bolsonaro também pediu “calma” para a população e questionou os fornecedores das doses por não terem procurado o país para vender os imunizantes.
Para Bolsonaro, os laboratórios não procuraram o Brasil por causa das exigências de aprovação do registro impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Alguns reclamam que o Brasil está atrasado, que o governo está atrasando, que o governo não tomou providências para a vacinação. Calma. Nós somos um mercado de 210 milhões de pessoas. No mundo são quase 8 bilhões de pessoas. Então os laboratórios que querem vender vacinas procuram os grandes centros, que somos nós. Por quê que não vieram? Porque reconhecem que a Anvisa é um obstáculo para o bem. Aqui não é uma republiqueta, que o cara vai fazer uma negociata com o pessoal da agência: “Toca o barco, quantos bilhões é (sic.), não interessa o preço, tudo justifica, não tem licitação…”. Não é assim que funciona”, disse o presidente.
Quem também esteve na transmissão ao vivo promovida por Bolsonaro foi o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Na visão de Pazuello, o Brasil está na “cronologia correta” da estratégia de imunização da população e disse que até o fim do mês o país pode ser um dos que mais vacinou no mundo, dependendo apenas dos Estados Unidos.
“Estamos na cronologia correta da estratégia. Em janeiro, vamos iniciar a vacinação. Em janeiro. A partir do início, com duas, seis ou oito milhões de doses, já em janeiro, vamos nos tornar o segundo - ou talvez o primeiro, dependendo dos Estados Unidos - país que mais já vacinou no mundo. Quando nós entrarmos em fevereiro com a nossa produção em larga escala e o nosso programa nacional de imunização (PNI), que tem 45 anos, nós vamos ultrapassar todo mundo - inclusive os Estados Unidos”, projetou.
O Brasil já registrou 8.324.294 casos confirmados de coronavírus, sendo 67.758 nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde. Já são 207.095 vidas perdidas para a COVID-19, sendo 1.131 constatados pela pasta nas últimas 24 horas.