O Conselho Federal de Medicina (CFM), que nessa quinta-feira (14/01) sofreu pressão de ex-dirigentes para se manifestar sobre a condução da pandemia pelo governo federal, saiu em defesa da vacinação contra a COVID-19. Ontem, a autarquia divulgou um documento em que reconhece os imunizantes aprovados em diversos países como conquista que "traz esperança para superação dessa crise sanitária" (leia na íntegra).
A manifestação em favor da vacina era um dos pontos reinvindicados na carta aberta direcionada à entidade por cinco ex-presidentes e 14 ex-conselheiros, também publicada ontem. Além do apoio às doses, o texto pedia que o CFM se posicionasse sobre o uso de terapias sem comprovação científica no combate à COVID-19, medida que passou a ser oficialmente respaldada pelo governo federal com o lançamento do aplicativo TratCOV. A plataforma estimula a prescrição de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina a pacientes infectados pelo coronavírus.
O comunicado da entidade máxima dos médicos, contudo, não menciona o TratCOV, nem aborda diretamente os chamados "tratamentos precoces" da doença. Consta nele apenas uma recomendação genérica às autoridades brasileiras, de que garantam aos profissionais "autonomia para fazer o diagnóstico e a prescrição de tratamentos aos seus pacientes, àqueles que livremente aceitem a prescrição".
Em tom moderado, o documento critica os embates políticos que permeiam a pandemia, "os quais devem ser encerrados em respeito às vítimas da doença e à população que, ansiosamente, conta com a união de suas lideranças em torno de um objetivo comum: a preservação do bem-estar, da saúde e da vida dos brasileiros".
Por fim, sugere ao poder público uma série de providências para o enfrentamento da epidemia, tais como: respeito ao plano nacional de vacinação do Ministério da Saúde, combate às notícias falsas sobre vacinas, estimulo o uso de máscaras e adoção de protocolos sanitários similares e aumento da oferta de leitos de UTI.
A manifestação em favor da vacina era um dos pontos reinvindicados na carta aberta direcionada à entidade por cinco ex-presidentes e 14 ex-conselheiros, também publicada ontem. Além do apoio às doses, o texto pedia que o CFM se posicionasse sobre o uso de terapias sem comprovação científica no combate à COVID-19, medida que passou a ser oficialmente respaldada pelo governo federal com o lançamento do aplicativo TratCOV. A plataforma estimula a prescrição de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina a pacientes infectados pelo coronavírus.
O comunicado da entidade máxima dos médicos, contudo, não menciona o TratCOV, nem aborda diretamente os chamados "tratamentos precoces" da doença. Consta nele apenas uma recomendação genérica às autoridades brasileiras, de que garantam aos profissionais "autonomia para fazer o diagnóstico e a prescrição de tratamentos aos seus pacientes, àqueles que livremente aceitem a prescrição".
Em tom moderado, o documento critica os embates políticos que permeiam a pandemia, "os quais devem ser encerrados em respeito às vítimas da doença e à população que, ansiosamente, conta com a união de suas lideranças em torno de um objetivo comum: a preservação do bem-estar, da saúde e da vida dos brasileiros".
Por fim, sugere ao poder público uma série de providências para o enfrentamento da epidemia, tais como: respeito ao plano nacional de vacinação do Ministério da Saúde, combate às notícias falsas sobre vacinas, estimulo o uso de máscaras e adoção de protocolos sanitários similares e aumento da oferta de leitos de UTI.
'Não foi resposta'
Em nota enviada ao Estado de Minas, o Conselho Federal de Medicina afirmou que o posicionamento sobre a vacinação não é uma uma resposta à carta elaborada pelos ex-dirigentes da autarquia e que a divulgação do documento após as cobranças é fruto de coincidência.
"(O documento) é o desdobramento de um relatório técnico sobre a eficácia e segurança das vacinas disponibilizado na sexta-feira (08/01). Na sequência, os técnicos começaram a trabalhar no texto sobre as vacinas, que ontem, na primeira reunião da plenária do ano, foi colocado para avaliação e aprovado.
Sobre o aplicativo de prescrição de remédios sem eficácia contra o coronavírus, o TratCOV, o órgão afirmou que vai solicitar uma análise da ferramenta. Contudo, ponderou que "condiciona uso de cloroquina e hidroxicloroquina a critério médico e consentimento do paciente, conforme o parecer 04/2020, onde reforça a falta de evidências sólidas de que essas drogas na prevenção e no tratamendo da COVID-19.
"(O documento) é o desdobramento de um relatório técnico sobre a eficácia e segurança das vacinas disponibilizado na sexta-feira (08/01). Na sequência, os técnicos começaram a trabalhar no texto sobre as vacinas, que ontem, na primeira reunião da plenária do ano, foi colocado para avaliação e aprovado.
Sobre o aplicativo de prescrição de remédios sem eficácia contra o coronavírus, o TratCOV, o órgão afirmou que vai solicitar uma análise da ferramenta. Contudo, ponderou que "condiciona uso de cloroquina e hidroxicloroquina a critério médico e consentimento do paciente, conforme o parecer 04/2020, onde reforça a falta de evidências sólidas de que essas drogas na prevenção e no tratamendo da COVID-19.