O Twitter marcou como "enganosa" uma postagem do presidente Jair Bolsonaro que citava supostos estudos clínicos sobre tratamento precoce para covid-19. Cientistas alertam que esse tipo de tratamento não tem eficácia comprovada.
A plataforma informou que a postagem "violou as regras do Twitter sobre a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à covid-19". Apesar disso, o Twitter determinou que "pode ser do interesse público que esse Tweet continue acessível", e por isso, o post continua no ar.
Em meio à revolta com o colapso em Manaus por falta de oxigênio para pacientes com covid-19, Bolsonaro publicou nesta sexta-feira, 15, um vídeo do jornalista Alexandre Garcia falando sobre o suposto tratamento precoce, acompanhado de um texto alegando que o uso de medicamentos pode "reduzir a progressão da doença, prevenir a hospitalização e estão associados à redução da mortalidade".
O presidente chegou a dizer que precisou intervir em Manaus porque a cidade não estava fazendo "tratamento precoce", defendendo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que deu declarações nesse sentido, apesar da falta de evidências da eficácia desses medicamentos.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro tem publicações em redes sociais marcadas como falsas ou enganosas. Em abril do ano passado, em meio ao primeiro pico da doença no País, o Instagram marcou uma publicação do presidente, que continha informações erradas sobre o número de mortes por covid-19 no Ceará, com um "alerta de fake news".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.