O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a se queixar da imprensa e da “falta de divulgação” de seus atos durante a pandemia. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (18/01) em entrevista coletiva para explicar as ações do governo federal em Manaus. O Amazonas vive um colapso no sistema de Saúde.
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'Tomar a vacina é um ato de responsabilidade social', diz cardeal Odilo SchererGuia da vacinação: o que você precisa saber sobre a campanha de imunizaçãoDimas Covas diz esperar celeridade da Anvisa em análise de 2ª pedidoMaterial do ministério sobre tratamento precoce desmente PazuelloNota do Ministério da Saúde desmente Pazuello sobre uso de cloroquinaSegundo Pazuello, o governador do Amazonas concedeu uma entrevista ao vivo para um canal de TV. Quando ele foi falar sobre as medidas do governo federal, foi cortado do ar.
“Pensem a respeito. A entrevista, ao vivo, foi cortada do ar. Essa é a nossa guerra. A guerra contra as pessoas que estão manipulando nosso país a muitos anos”, conta.
Segundo ele, a mídia precisa “ultrapassar a barreira”. Ele ainda pede ajuda para os presentes para que as informações cheguem à população.
O negacionismo do Ministério
Apesar das declarações do ministro da saúde, o Ministério da Saúde retirou o número de mortos e infectados pela COVID-19 da capa do site da pasta.
Além disso, o ministério fez uma campanha voltada para o tratamento precoce com hidroxicloroquina e anita. Esses métodos não tem nenhuma comprovação científica de eficácia.
O caos retorna as ruas de Manaus
O Amazonas, que já tinha vivido dias de caos no início da pandemia, voltou a entrar em uma situação caótica com a disparada de casos de COVID-19, falta de abastecimento, de médicos e leitos.
Entre 1º e 11 de janeiro, foram registradas 1.979 novas internações pelo novo coronavírus, contra 2.128 em abril de 2020 – pior mês desde a chegada da pandemia.
O último boletim epidemiológico, divulgado pelo governo estadual, aponta que a ocupação na UTI para COVID-19 é de 93,9% na rede pública da capital amazonense e de 86,73% na rede privada, média geral de 90,4%.
Os enterros de vítimas da COVID-19 também batem recordes: nos primeiros 10 dias de 2021 foram registrados 379, mais do que os 348 de maio.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz