O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (18/01) que a pasta recomenda o “atendimento precoce” e não o “tratamento precoce”. Em contrapartida, o ministério fez inúmeros flyers, pôsteres e notas recomendando o tratamento precoce e o uso de medicamentos como a hidroxicloroquina e azitromicina.
“Incentivamos que a pessoa doente procure imediatamente o posto de saúde, procure o médico, que faz o diagnóstico clínico. Isso é foro íntimo do paciente com o médico. O ministério não tem protocolos sobre isso. Atendimento é uma coisa, tratamento é outra. O atendimento precoce, é esse o nosso objetivo”, afirmou Pazuello durante entrevista.
A declaração é contraditória já que o ministério recomendou o tratamento precoce. É o que aponta o documento intitulado de “Orientações do Ministério da Saúde para o manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da COVID-19”.
Nele, o ministério cita e recomenda os medicamentos azitromicina e hidroxicloroquina para o tratamento precoce de pacientes. O documento é de 15 de julho de 2020.
Nele, o ministério cita e recomenda os medicamentos azitromicina e hidroxicloroquina para o tratamento precoce de pacientes. O documento é de 15 de julho de 2020.
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Foram feitos também pôsteres e flyers para a recomendação do procedimento.
Veja aqui alguns flyers do ministério sobre o tratamento precoce para COVID-19
Redes Sociais #NãoEspere
O Twitter também apontou uma publicação da pasta da Saúde sobre tratamento precoce como “enganosa”.
“Para combater a COVID-19, a orientação é não esperar. Quanto mais cedo começar o tratamento, maiores as chances de recuperação. Então, fique atento! Ao apresentar sintomas da Covid-19, #NãoEspere, procure uma Unidade de Saúde e solicite o tratamento precoce”, diz o post.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz