O Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou que assessores técnicos e jurídicos da instituição façam uma análise do aplicativo TrateCOV. Eles avaliarão aspectos clínicos, jurídicos e éticos relacionados à ferramenta.
Leia Mais
App de Pazuello sugere kit COVID a pacientes com sintomas genéricosPazuello mentiu ao dizer que 'nunca recomendou o tratamento precoce' TCU autoriza investigação por falta de oxigênio em ManausManaus: vacinação é suspensa depois de denúncias de fila sendo furadaAlém disso, o App de Pazuello orienta que os profissionais da saúde, prescrevam medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da COVID-19, são eles: hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina.
Em nota, o CFM reiterou que mantém seu parecer de que “até o momento, não existem evidências robustas de alta qualidade que possibilitem a indicação de uma terapia farmacológica específica para a covid-19”.
Desde o fim de 2019, muitas drogas estão em teste e resultados são compartilhados diariamente, entretanto nenhuma mostrou eficácia 100% garantida e com reconhecimento internacional no tratamento.
O Conselho Federal de Medicina, também afirmou estar acompanhando todos os desdobramentos da pandemia no Brasil e no mundo e age de forma transparente em favor da assistência e direito dos médicos e pacientes.
Veja a nota na íntegra:
Em relação ao questionamento encaminhado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já determinou uma análise do referido aplicativo. O trabalho será conduzido por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos que avaliarão aspectos clínicos, jurídicos e éticos relacionados à ferramenta.
Independentemente do aplicativo citado, o CFM reitera que mantém o entendimento do seu Parecer 4/2020, no qual informa que “até o momento, não existem evidências robustas de alta qualidade que possibilitem a indicação de uma terapia farmacológica específica para a covid-19”.
Conforme traz o texto, “desde o final de 2019 existem dezenas de medicamentos em testes, e muitos dos resultados desses estudos estão sendo divulgados diariamente. Muitos desses medicamentos têm sido promissores em testes em laboratório e através de observação clínica, mas nenhum ainda foi aprovado em ensaios clínicos com desenho cientificamente adequado, não podendo, portanto, serem recomendados com segurança”.
O CFM continua atento aos desdobramentos relacionados à pandemia de covid-19, no Brasil e no mundo, agindo de modo isento, idôneo e transparente em favor da qualidade da assistência e dos direitos de médicos e de pacientes.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira