O Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu nota, nesta quinta-feira (21/1), informando que pediu ao Ministério da Saúde que retire imediatamente do ar o aplicativo TrateCOV, lançado para auxiliar as equipes de saúde na coleta de sintomas e sinais de pacientes possivelmente infectados pela COVID-19.
Na nota, o CFM esclarece que após uma análise feita por seus conselheiros e assessores técnicos e jurídicos, alertou o Ministério da Saúde sobre as seguintes inconsistências na ferramenta:
- Não preserva adequadamente o sigilo das informações
- Permite seu preenchimento por profissionais não médicos
- Assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional
- Induz à automedicação e a interferência na autonomia dos médicos
- Não deixa claro, em nenhum momento, a finalidade do uso de dados preenchidos pelos médicos assistentes.
Mais cedo, o CFM havia informado que o aplicativo passaria por uma análise de assessores técnicos e jurídicos da instituição.
Após lançar o aplicativo TrateCOV, o Ministério da Saúde, liderado por Eduardo Pazuello, recebeu duras críticas. Na teoria, o sistema é de uso exclusivo dos profissionais da saúde, entretanto qualquer pessoa, com ou sem liberação dos órgãos competentes, consegue ter acesso ao serviço, através de uma versão disponível na internet.
Nesta tarde, a reportagem tentou acessar o aplicativo, tanto pela internet quanto pelas lojas no celular, e ele já não está mais disponível.
Veja a nota na integra:
Após análise feita por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos sobre o aplicativo TrateCOV, recém lançado para auxiliar as equipes na coleta de sintomas e sinais de pacientes possivelmente infectados pela COVID-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) alertou ao Ministério da Saúde sobre as seguintes inconsistências na ferramenta:
- Não preserva adequadamente o sigilo das informações
- Permite seu preenchimento por profissionais não médicos
- Assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional
- Induz à automedicação e a interferência na autonomia dos médicos
- Não deixa claro, em nenhum momento, a finalidade do uso de dados preenchidos pelos médicos assistentes.
Diante do exposto, o CFM pediu ao Ministério da Saúde a retirada imediata do ar do aplicativo TrateCOV.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz