Assis Silva Filho, Secretário de Saúde da cidade de Pires do Rio, em Goiás, pediu exoneração do cargo após furar fila para vacinar a mulher. Por meio de uma carta, neste domingo (24/01), ele fez o pedido e disse que a decisão é "irrevogável", "irretratável" e de cunho pessoal.
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Completou dizendo que a atitude foi “com intuito de resguardar e preservar a saúde e a vida da mulher da minha vida. Sou capaz de dar minha própria vida por ela”.
MP investiga o caso
Em seguida, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) informou que pediu à Justiça que ele fosse afastado por 60 dias do cargo. A decisão foi favorável ao afastamento de Assis e, apesar do pedido de exoneração, ele continuará sendo investigado.
Desde o episódio dessa ‘furada’ de fila e outras que estão sendo investigadas em Goiás, o MP-GO passou a ter acesso ao cadastro de pessoas vacinadas contra a COVID-19 no estado, para cruzar os dados com os nomes de quem faz parte dos grupos prioritários e identificar quem está cometendo o crime.
Para a reportagem do G1 Goiás, a subprocuradora-geral do MP-GO, Laura Maria Ferreira, disse que as ‘carteiradas’ não podem acontecer para furar fila e isso é caracterizado como abuso de autoridade.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina