A enfermeira Nathanna Faria Ceschim foi demitida do cargo na Santa Casa de Misericórdia de Vitória, no Espírito Santo, depois de um vídeo gravado e publicado por ela nas redes sociais onde debocha da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan. O hospital comunicou que tomou todas as medidas necessárias e não irá falar mais sobre o caso.
Em nota, a direção informou que continua com a postura firme e clara “em relação à importância da vacina como única solução possível para conter o avanço dos novos casos de coronavírus".
O vídeo que viralizou e causou indignação, mostra a profissional na Santa Casa de Misericórdia sem máscara dizendo que só tomou a vacina contra a COVID-19 porque queria viajar.
"Tomei por conta que quero viajar, e não para me sentir mais segura. Uma vacina que dá 50% de segurança para mim não é uma vacina. Tomei foi água", disse a enfermeira no vídeo.
Nathanna recebeu a 1ª dose da vacina na última terça-feira (19/01), pois atuou na linha de frente da COVID-19. Nesta segunda-feira (25/01), antes do anúncio da demissão, a enfermeira alegou que exerceu seu direito de liberdade de expressão e que não cometeu nenhum crime ao expor sua opinião sobre o imunizante.
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Ressaltou ainda que “"infelizmente, uma manifestação que gerou muita indignação entre os profissionais de Enfermagem e a sociedade. Antes de fazer uma publicação, avalie se não irá impactar negativamente a vida e a saúde das pessoas”.
Em outro trecho da nota, o Coren-ES diz que "é inaceitável que, após onze meses de enfrentamento à pandemia e em defesa da vida, um profissional de enfermagem se posicione nas redes sociais de forma irresponsável e inconsequente, comprometendo a ciência, a saúde e a vida das pessoas. A apuração, com amplo direito de defesa, será com base no Código de Ética da Enfermagem. As penalidades previstas vão de advertência à cassação do registro profissional".
REPÚDIO
O secretário estadual de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, publicou em uma rede social sua posição sobre o caso envolvendo a enfermeira.
"Repudiamos toda e qualquer expressão de negação da ciência, da expressão de futilidades desnecessárias ao comportamento exemplar que se espera dos trabalhadores da saúde. Somos preparados para salvar vidas, não para sabotá-las", disse.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira