Jornal Estado de Minas

OXFORD

Governo Federal já pagou R$ 1 bilhão por insumos das vacinas da AstraZeneca

O Governo Federal pagou à AstraZeneca, responsável pela vacina da Oxford contra a COVID-19, cerca de R$ 1 bilhão pelo Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), fabricado na farmacêutica chinesa WuXi Biologics.





Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf), foi identificado pagamentos relacionados à AstraZenca UK Limited e à AstraZeneca do Brasil Ltda. As informações a respeito dos valores foram obtidas pela ONG Contas Abertas.

A AstraZeneca da Inglaterra recebeu do Governo Federal o valor de R$ 991,5 milhões. Já para a do Brasil, foi pago R$ 17,1 milhões. A estimativa de gastos para a produção de 100,4 milhões de doses é de R$ 2 bilhões, segundo o contrato da Fiocruz.

Devido à demora na liberação do IFA, a Fiocruz comprou o lote de 2 milhões de vacinas prontas da AstraZeneca, vindas do Instituto Serum, na Índia, que foram entregues ao Ministério da Saúde para serem distribuídas aos estados. A Fiocruz negocia novos lotes de vacina, mas sem previsão de entrega.




 

 
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, assegurou que não há atraso no contrato firmado com a AstraZeneca e negou que a atuação da equipe diplomática do Governo Federal tenha prejudicado a entrega do insumo.

Nísia Trindade disse que o produto não poderá ser entregue ainda neste mês porque um parecer do laboratório chinês indicou risco biológico elevado na produção do insumo, mas que "o problema já foi superado".
 
A Fiocruz comprou o lote de 2 milhões de vacinas prontas da AstraZeneca, vindas do Instituto Serum, na Índia

 
Em nota, a AstraZeneca comunicou que “continua trabalhando para liberar os lotes planejados de IFA para a vacina o mais rápido possível”. Disse que “trabalhou para que a Fiocruz contratasse diretamente do Serum Institute of India (SII), nosso parceiro de sublicenciamento”.

Em relação à entrega do IFA, a empresa enviará 30 milhões no primeiro trimestre, sendo 15 milhões entre o mês de janeiro e fevereiro, e os 70,4 milhões restantes ainda neste primeiro semestre.
 
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira  




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