Um levantamento preliminar feito pelo Centro Brasil-Reino Unido de Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), que reúne pesquisadores brasileiros e britânicos, identificou a nova linhagem do novo coronavírus, chamada P.1, em 85,4% dos casos analisados com confirmação para a doença em pacientes de Manaus.
O resultado sugere que, assim como o montante analisado, as recentes infecções ocorridas na capital amazonense são causadas por essa nova mutação, a mesma já encontrada em São Paulo.
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Manaus garante que está corrigindo falhas em lista de vacinaçãoCoronavírus: SP confirma casos da variante de Manaus; 'já está em todo o Brasil', diz pesquisadorSP confirma três primeiros casos de COVID por variante de ManausMinistro do TCU questiona se há 'terraplanistas' no Ministério da SaúdeA linhagem é descendente da B.1.1.28 e, também, inclui mutações como E484K, K417T e N501Y.
A cepa foi identificada, pela primeira vez, em amazonenses que viajavam para o Japão.
As autoridades sanitárias do país foram quem fizeram a descoberta, indicando que essa pode ser uma variante emergente do Amazonas.
Desde então, a mutação também já foi identificada no Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos e Itália.
Alto poder de transmissão
Apesar dos indicativos de alta transmissão da P.1 ocorrendo no Amazonas, somente nessa terça-feira (26/1) houve a confirmação de registro da variante em outra unidade federativa brasileira.
O Instituto Adolfo Lutz identificou a nova variante em três pacientes de São Paulo. A suspeita, no entanto, é que já exista mais estados com circulação da P.1, mas que ainda não fizeram o sequenciamento necessário para rastrear, isolar e monitorar os locais.
Além da carência de sequenciamento, a preocupação adicional é com o alto poder de transmissão da cepa, como corrobora a avaliação do Cadde.
"O recente surgimento de variantes com múltiplas mutações compartilhadas no pico aumenta a preocupação sobre a evolução convergente para um novo fenótipo, potencialmente associado a um aumento na transmissibilidade ou propensão para reinfecção de indivíduos", alerta o grupo.