Uma greve dos caminhoneiros está prevista para 1º de fevereiro e vem crescendo em adesões. De acordo com o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, poderá ser maior do que a realizada em 2018, devido ao grau crescente de insatisfação da categoria, principalmente em relação ao preço do diesel e às promessas não cumpridas após a histórica greve no governo Temer.
O aumento no preço do litro do diesel, anunciado na terça-feira (26/01) pela Petrobras reacendeu a ameaça de greve dos caminhoneiros. Até a semana passada, apenas algumas lideranças confirmavam a adesão e associações e federações diziam se tratar de um grupo minoritário.
Com o reajuste do combustível, no entanto, o descontentamento da categoria aumentou e áudios começam a circular nas redes sociais das lideranças, com mensagens cogitando a paralisação.
%u2028%u2028A estatal informou que o preço médio do diesel passará a ser de R$ 2,12 por litro nas refinarias, refletindo um aumento médio de R$ 0,09 por litro, elevação de quase 4,5%.
Apelo de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro pediu nessa quarta-feira (27/1) que caminhoneiros não façam greve na próxima semana. "Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder. Todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil. Estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste", disse o presidente. %u2028%u2028
A declaração foi feita após reunião no Ministério da Economia e não constava em agenda oficial.
Ainda segundo Bolsonaro, o governo trabalha estudando medidas para compensar a classe pelo aumento no diesel.
"Estamos estudando medidas. Agora, não tenho como dar uma resposta de como diminuir o impacto que, na verdade, foram R$ 0,09 no preço do diesel. Mas, para cada centavo no preço do diesel, que porventura nós queremos diminuir, no caso, PIS/Cofins, equivale buscarmos em outro local R$ 800 milhões. Então, não é uma conta fácil de ser feita", disse Bolsonaro.
O presidente afirmou que a Petrobras segue o preço da tabela internacional: "A Petrobras segue uma planilha, tem a ver com o preço do petróleo lá fora, tem a ver também com variação do dólar. Ontem foi uma boa notícia, o dólar baixou R$ 0,20".
*estagiário sob supervisão do subeditor João Renato Faria