Dois anos depois do primeiro decreto do presidente Jair Bolsonaro rumo à expansão do armamento da população, o país tem 1,151 milhão de armas legais nas mãos de cidadãos - 65% mais do que o acervo ativo de dezembro de 2018, que era de 697 mil.
Leia Mais
Bolsonaro: arma é liberdade para vocês, povo armado não será escravizadoPresidente Bolsonaro diz que prepara decretos para facilitar acesso a armasBolsonaro defende povo armado e ironiza ida de Doria a MiamiO aumento mais expressivo, de 72%, se deu no registro da Polícia Federal, que contempla as licenças para pessoas físicas. O número passou de 346 mil armas de fogo, em 2018, para 595 mil, no fim de 2020.
Nos casos de armamentos registrados pelo Exército, que atendem aos Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs), a elevação, no mesmo período, foi de 58%: passou de 351 mil para 556 mil. Tanto em um quanto no outro órgão, o salto não é explicado apenas pelas novas armas de fogo, mas também por registros expirados que foram renovados.
'Arma é liberdade', diz Bolsonaro
No último 12 de janeiro, Bolsonaro afirmou que pretende avançar com a pauta armamentista. Para apoiadores, ele destacou querer que "cidadãos de bem" tenham armas por ser uma garantia de liberdade.
"Eu quero destravar a questão de armas no Brasil. Em 2020, vendemos quase o dobro de armas que em 2019, armas legais", ressaltou em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. "Quero que vocês cidadãos de bem tenham armas porque a arma é uma liberdade para vocês, é a garantia que você, dentro de casa, vai dar o direito da sua família ser protegida", disse.