Três mulheres são mortas todos os dias no Brasil pelo simples fato de serem mulheres. Nesses casos de feminicídio, os assassinos, em quase 90% das vezes, são o atual ou um ex-companheiro. Consultamos especialistas em direito da mulher #PraEntender o que isso significa e por que homens continuam matando mulheres.
Para responder a essas e outras perguntas, o Estado de Minas ouviu as advogadas Fernanda de Avila e Isabel Araújo Rodrigues, a escritora e idealizadora do projeto Vulva Negra, Yasmin Morais, e Beth Fleury, umas das integrantes e fundadoras do movimento “Quem ama não mata”. Neste vídeo nós mostramos as origens do feminicídio, uma outra pandemia que, há muito tempo, faz vítimas no mundo todo.
Feminicídio é o nome dado ao assassinato de mulheres por causa do gênero. Ou seja, elas são mortas por serem do sexo feminino. O Brasil é um dos países em que mais se matam mulheres, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. O país ocupa, desde 2013, o 5º lugar no ranking de homicídios femininos numa lista que inclui 83 países.
A tipificação dessa modalidade de crime, inclusive, é bem recente no Brasil. A Lei do Feminicídio (Lei 13.104/15) entreou em vigor em 9 de março de 2015. Entretanto, o feminicídio é o nível mais alto da violência doméstica. É um crime de ódio, o desfecho trágico de um relacionamento abusivo.
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No primeiro semestre de 2020, 648 mulheres foram mortas no Brasil por motivos de gênero, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019.
Embora haja níveis de vulnerabilidade, a violência doméstica e, consequentemente, o feminicídio não escolhem raça, condição econômica ou classe social. Toda mulher é uma potencial vítima.
Mesmo sabendo que todas as mulheres são suscetíveis a sofrer violências de gênero, os números dos últimos anos mostram que, no Brasil, algumas são mais vulneráveis que as outras. Em geral, mais de 60% das vítimas são negras
Feminicídios no 1º semestre de 2020
648 vítimas
1,9% em relação ao mesmo período de 2019
Feminicídio em 2019
1.326 vítimas de feminicídio em 2019
Crescimento de 7,1% em relação ao ano anterior
Violência doméstica em 2019
1 agressão física a cada 2 minutos
266.310 registros de lesão corporal dolosa em decorrência de violência doméstica Crescimento de 5,2%
Perfil das vítimas de feminicídio
66,6% eram negras
56,2% tinham entre 20 e 39 anos
89,9% foram mortas pelo companheiro ou ex-companheiro
Para denunciar e buscar ajuda a vítimas de violência contra mulheres (Ligue 180)
Em casos de emergência, ligue 190
Para responder a essas e outras perguntas, o Estado de Minas ouviu as advogadas Fernanda de Avila e Isabel Araújo Rodrigues, a escritora e idealizadora do projeto Vulva Negra, Yasmin Morais, e Beth Fleury, umas das integrantes e fundadoras do movimento “Quem ama não mata”. Neste vídeo nós mostramos as origens do feminicídio, uma outra pandemia que, há muito tempo, faz vítimas no mundo todo.
O que é feminicídio?
Feminicídio é o nome dado ao assassinato de mulheres por causa do gênero. Ou seja, elas são mortas por serem do sexo feminino. O Brasil é um dos países em que mais se matam mulheres, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. O país ocupa, desde 2013, o 5º lugar no ranking de homicídios femininos numa lista que inclui 83 países.
A tipificação dessa modalidade de crime, inclusive, é bem recente no Brasil. A Lei do Feminicídio (Lei 13.104/15) entreou em vigor em 9 de março de 2015. Entretanto, o feminicídio é o nível mais alto da violência doméstica. É um crime de ódio, o desfecho trágico de um relacionamento abusivo.
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Vítimas de feminicídio no Brasil
No primeiro semestre de 2020, 648 mulheres foram mortas no Brasil por motivos de gênero, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019.
Embora haja níveis de vulnerabilidade, a violência doméstica e, consequentemente, o feminicídio não escolhem raça, condição econômica ou classe social. Toda mulher é uma potencial vítima.
Mesmo sabendo que todas as mulheres são suscetíveis a sofrer violências de gênero, os números dos últimos anos mostram que, no Brasil, algumas são mais vulneráveis que as outras. Em geral, mais de 60% das vítimas são negras
Números
Feminicídios no 1º semestre de 2020
648 vítimas
1,9% em relação ao mesmo período de 2019
Feminicídio em 2019
1.326 vítimas de feminicídio em 2019
Crescimento de 7,1% em relação ao ano anterior
Violência doméstica em 2019
1 agressão física a cada 2 minutos
266.310 registros de lesão corporal dolosa em decorrência de violência doméstica Crescimento de 5,2%
Perfil das vítimas de feminicídio
66,6% eram negras
56,2% tinham entre 20 e 39 anos
89,9% foram mortas pelo companheiro ou ex-companheiro
DENUNCIE
Para denunciar e buscar ajuda a vítimas de violência contra mulheres (Ligue 180)
Em casos de emergência, ligue 190