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Estado de Minas ESCOLAS

Volta às aulas: Professores da rede estadual de São Paulo anunciam greve

Movimento está marcado para começar na segunda-feira, quando as escolas serão reabertas, apesar de os números da COVID-19 ainda serem assustadores no estado


05/02/2021 16:47 - atualizado 05/02/2021 18:00

 

Segundo o sindicato, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores da rede estadual paulista(foto: pxhere/Divulgação)
Segundo o sindicato, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores da rede estadual paulista (foto: pxhere/Divulgação)
O sindicato dos professores da rede estadual paulista anunciou nesta sexta-feira (5/2), que entrará em greve a partir de segunda-feira (8/2), data marcada para a reabertura das escolas estaduais. A volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia de COVID-19 no Brasil. Segundo o sindicato, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores.

Em assembleia realizada nesta sexta, os professores se manifestaram contra a decisão de reabrir escolas estaduais. Segundo a Apeoesp (o sindicato), as unidades não têm condições sanitárias de receber os estudantes e há casos de funcionários e professores contaminados pelo coronavírus após reuniões de planejamento.

A Apeoesp fez um levantamento que apontou 147 casos de COVID-19 em escolas que tiveram algum tipo de atividade presencial.

A Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, chegou a anunciar que não receberia os alunos na segunda-feira, por causa de contaminações.

De acordo com o subsecretário de articulação regional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Henrique Pimentel, as escolas que tomaram medidas fora dessas orientações são procuradas pela pasta. "(Fechar a escola) Não é a melhor forma de lidar, causa interrupção e até um desconforto na comunidade escolar, um medo", argumenta.

Pimentel diz que mesmo as escolas estaduais que tiveram registro de casos de COVID-19 em funcionários devem retomar as aulas presenciais na segunda-feira.

O retorno será retardado exclusivamente em instituições que estão em obras ou outros impeditivos.

Ele argumenta que não há indício de contágio dentro de escolas estaduais desde a retomada de parte dos trabalhos presenciais. "Se seguir direitinho as orientações, respeitar o distanciamento e o uso de equipamentos de uso individual, a chance é pequena (de transmissão)", afirma.

Nesta sexta-feira, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, informou que as escolas da rede vão receber apenas 35% dos estudantes, mesmo em regiões que avançaram para a fase amarela do plano de flexibilização da quarentena.

Nessa fase, o porcentual poderia subir para 70%, mas Rossieli argumenta que uma mudança agora causaria desinformação entre as famílias.

 

Adiamento 


A volta às aulas na rede estadual foi adiada em uma semana.

Inicialmente prevista para o dia 1º de fevereiro, o retorno passou para o dia 8.

Segundo o secretário, o adiamento foi para facilitar o planejamento das escolas.

Rossieli também retirou a obrigatoriedade de os alunos frequentarem as aulas na escola.

O retorno passou a ser facultativo nas fases laranja e vermelha. Nesta sexta, foi mantido de forma opcional durante o mês de fevereiro na rede estadual, mesmo durante a fase amarela.


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